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Cibalena prova que além de numeroso e democrático, também é folia de família

Carnaval de Corumbá é só alegria e festa!

11 fevereiro 2018 - 07h23Por Diário Online

Dois mil e dezoito foi um carnaval especial para o Cibalena que completou 40 anos de criação se reafirmando como o maior bloco de sujos de Corumbá e também o mais democrático reunindo milhares de foliões pelas ruas da cidade com fantasias desde as mais elaboradas até as totalmente improvisadas.

Tradicionalmente, a ordem do cotidiano é invertida e homens se vestem de mulher e mulheres de homem, mas vale mesmo é qualquer fantasia para cair na folia. Alguns como Caroline Aragão aproveitam a festa para despertar reflexão. Usando roupa de presidiário e máscara do atual presidente da República, ela diz não perder as esperanças de ver o Brasil melhorar.

“A gente tem que perceber a fase que o país está passando: o golpe de Estado que ocorreu. Todo momento é momento de falar sobre a consciência política. A roupa de presidiário não é à toa porque se a fantasia é o imaginário popular que a gente deseja no nosso íntimo, o meu é de ver usurpadores de poder e corruptos na cadeia”, afirmou.

Entretanto o que dominou nas fantasias mesmo foi a irreverência: personagens de novelas, vídeo games, desenhos animados e filmes se juntaram às famosas cantoras de funk do momento como Jojô Todynho e a fantasia hors concours deste carnaval, o unicórnio.

Ao comemorar suas 4 décadas de existência, o Cibalena também trouxe uma nova porta-bandeira, posto que, nos últimos anos, foi ocupado por “Coroinha” e que, por motivos de saúde, deixou o cargo agora assumido oficialmente pelo funcionário público Elias Alencar. “É uma honra e uma alegria muito grande conduzir esses milhares de foliões no carnaval de Corumbá, mas tenho o apoio da minha família e de amigos, inclusive do trabalho, que patrocinaram minha roupa especial e maquiagem”, contou o novo porta-bandeira.

Bloco de amigos e família

O presidente do Cibalena, Elias Ferreira, contou ao Diário Corumbaense que os cerca de 30 mil foliões que acompanham o bloco até a avenida General Rondon surgiu com apenas 4 foliões na década de 1970.

“Valério tinha um bar e o Manduca chegou se queixando de dor de cabeça. Como já haviam acordado que, naquele ano, eles sairiam no carnaval, o Manduca perguntou qual seria o nome do bloco e o Valério respondeu com o comprimido nas mãos que havia oferecido para o amigo: Cibalena. Se juntaram a eles, Edinho Rachid e o radialista Jonas Lima. Eles alugaram um carrinho de mão, colocaram o som em cima e os quatro saíram”, relembrou sobre como surgiu o bloco bastante querido dos corumbaenses.