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13/08/2017 09:30

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Dia dos Pais vira dia da saudade para aqueles que convivem longe de quem ama

Ausência da figura paterna arranca lágrimas daqueles que passam o segundo domingo de agosto longe do genitor

Enquanto muitas pessoas comemoram o Dia dos Pais com encontros familiares, churrascos e festas, outras acabam ficando com o coração apertado. É no segundo domingo do mês de agosto que o coração acelera ainda mais, já que algumas pessoas não tem a oportunidade de comemorar o Dia dos Pais ao lado dos genitores.

Alguns estão há quilômetros de distância e outros papais, já não fazem mais parte deste plano e é aí, que a saudade ‘grita’. No caso da pequena Julia Monteiro dos Santos, 7 anos, o jeito é utilizar a tecnologia do telefone celular para mostrar as lembrancinhas que foram confeccionadas na escola para o pai, Diego Monteiro, que hoje reside em outro estado.

Conforme a família de Julia, mesmo sem ter contato físico com o pai há mais de um ano, a pequena sempre ressalta a importância de Diego em sua vida. “Ela sente muita saudade dele, sempre fala dele e sempre pergunta que dia ele vai chegar porque ela está com saudades. Em tudo ela inclui ele”, conta a mãe, Jenniffer dos Santos.

A mãe destaca que ao chegar casa, Julia mostrou a lembrancinha e foi orientada pela mãe a presentear o avô, responsável pela criação da criança, mas a menina disse que presente de pai é para ser entregue ao pai, mesmo que o avô esteja mais presente. “Ontem mesmo eu disse para ela dar a lembrança para o vovô, já que o papai está longe. O meu pai é quem cria ela desde muito pequena. Eu falei o vovô vai fica feliz, mas ela respondeu: mãe é do meu pai, as coisas do meu pai é do meu pai. Então ela ama muito ele e sofre pela ausência”.

A saudade de Julia pode ter fim com um encontro entre os dois, que segundo a família, está próximo de acontecer. Ao contrário de Julia, Diego Leite convive desde 1995 com a falta do pai, Antônio Gregório, que faleceu em um trágico acidente de carro.  Ele tinha apenas oito anos quando recebeu a notícia de que não teria mais o pai presente e diz que de lá para cá, convive com ‘dor na alma’.

“Somos em três irmãos, eu, a Leyni e a Priscila. Eu tinha oito anos, minha mãe sempre conta que eu era muito apegado a ele. Perder alguém para a morte dói na alma, eu tive momentos marcantes com meu pai, me recordo que quando em vida, gostava de passear todos os dias com ele, que foi um pai muito presente e dava o seu melhor em tudo”, afirma Diego.

             Antônio com os filhos Leyni, Priscila e Diego

Ao folhear o álbum de família, o filho se emociona e diz que o pai tinha um coração grande e deixou um legado para os filhos. “Ele era um pai muito disciplinado, exigente, mas com o coração muito grande.  Deixou um legado muito grande de fazer o bem para as pessoas. Perdi ele para um acidente de trágico, vivi momentos difíceis”.


                                                                 

Diego relembra que ao cursar o 5° ano do ensino fundamental, a professora mandou que os alunos fizessem uma homenagem em uma folha, que seria entregue aos papais, mas o menino não conseguiu conter a emoção, rasgou a folha, jogou no lixo e se debruçou em lágrimas na carteira da sala de aula. “Eu não consegui segurar a emoção, acabei rasgando o papel e jogando no lixo. A professora não sabia que eu tinha perdido meu pai recentemente”.

A saudade de Diego é semelhante a saudade de Edna dos Santos, 51 anos, que há 18 anos, perdeu o pai, Manoel Bier do Nascimento, para o câncer. Ao levar o pai, conhecido carinhosamente entre amigos como ‘Bié’, para realizar exames após fortes dores, a filha relembra que ‘o mundo desabou’ ao receber o diagnóstico de que o pai estava com câncer maligno no esôfago.

“É muito complicado falar do meu pai, que eu amava de coração. Ele ficou doente, quando descobrimos que ele estava com câncer, Manoel Bier acompanhado da filha Edna, do genro Antenor e das netas, Elizabete, Jenniffer e Daniellemeu mundo acabou, desabou, eu quase morri, mas fomos lutando contra a doença. O médico deu seis meses de vida para ele e ele conseguiu ainda sobreviver por nove meses, com muito sacrifício, muita luta, sofri muito, foi terrível, foi a parte mais dolorosa da minha vida”, explica a filha.

Ao relembrar dos momentos que viveu ao lado de Manoel, Edna afirma que dizia a ele que tinha o melhor pai do mundo. “Ele era um pai presente, que escutava os filhos, eu falava que ele era o melhor pai do mundo. Eu não esperava perder, hoje resta só saudade e a vontade de chorar quando eu lembro dele, da pessoa maravilhosa, muito especial, sempre muito bondoso que gostava de ajudar os outros”.

No Dia dos Pais, com lágrimas nos olhos, Edna destaca que Bié foi o homem mais importante de sua vida. “. Foi uma luta, que durou nove meses, ficamos sem ele e hoje faz 18 anos que ele partiu e ficamos só com a saudade. Hoje é dia que lembro dele com lágrimas nos olhos, o homem mais importante da minha vida”.

 

 

 

 

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