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09/06/2017 14:05

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Para ensinar os filhos a viver, pais dão lição de vida e encaram o desafio de uma faculdade

"Mudando o curso” mostra 5 histórias em que pais decidiram encarar o ensino superior para compreender os filhos

A maioria das pessoas tem o sonho de cursar uma faculdade. Mas e quando o curso escolhido não é o sonhado, mas o que pode garantir quem depende de você a viver melhor? Para responder a essa pergunta, o TopMídiaNews, por meio de reportagem especial do jornalista João Humberto, preparou o especial “Mudando o curso”, que mostra cinco histórias em que pais decidiram encarar o ensino superior para compreender os filhos e propiciar a eles uma melhor qualidade de vida.
 
Você vai se deparar com a história do vendedor autônomo Carlos, 41, que para entender melhor a Síndrome de Down do filho Enzo, de dois anos e seis meses, decidiu fazer Educação Especial. Ele sempre sonhou em fazer Psicologia ou História, mas o nascimento do garoto mudou o curso de sua vida e o impulsionou a encarar o desafio de conquistar o diploma.
 
O curso de Educação Especial abriu leque de possibilidades e sonhos na vida de Carlos. “Vou lidar com situações que me farão correr atrás de novos conhecimentos. Pretendo fazer uma pós para complementar a licenciatura. Não quero parar”.
 
Já a comerciante Lidiane, de 34 anos, mudou o curso da vida quando o filho Guilherme, hoje com 12 anos, nasceu. O autismo dele foi a mola propulsora para que a mãe tivesse como meta apenas um curso: Psicologia.
 
“Uma coisa fantástica que a faculdade me ajudou a melhorar dentro de casa foi a convivência”, comemora a acadêmica. E o TCC (Trabalho de Conclusão de Curso) já tem tema definido: “Autismo - O impacto do diagnóstico nas relações parentais”. 

 
Da Biologia à Nutrição
 
A ex-professora de Biologia e hoje nutricionista Elda, 46, decidiu fazer Nutrição após o nascimento de Louise, 18, diagnosticada com doença celíaca. A segunda filha, Marjorie, 13, também nasceu com a patologia autoimune caracterizada por inflamação do intestino delgado que se inicia e se mantém mediante a ingestão de glúten em pessoas geneticamente suscetíveis. Em Elda, a doença começou a se manifestar após os 40 anos.
 
"Acho que fui uma das alunas mais aflitas, afoitas e dedicadas do curso porque queria saber sempre mais sobre a doença celíaca. Depois de um tempo percebi que os professores sabiam pouco e que também havia pouca literatura a respeito da doença. Foi quando defini que o tema do meu TCC [Trabalho de Conclusão de Curso] seria a avaliação nutricional de todos os celíacos de MS”, lembra Elda.
 
O TDAH (Transtorno do Deficit de Atenção com Hiperatividade) de Allan, 23, não o impediu de escolher a graduação que queria: Educação Física. Sabendo do interesse do filho pelo curso, o suboficial reformado da Marinha Herlan ingressou com ele na faculdade. O objetivo é dar estímulo ao filho.
 
Para Herlan, que não tem ensino superior, entrar para faculdade com 49 anos é uma experiência diferente e que vai muito além de preencher o tempo vago que possui por ser aposentado. “É aprender coisas novas e dividir com o meu filho uma fase tão importante. E a motivação para seguir um caminho bem diferente do que o planejado é o Allan. O objetivo está aí e a gente tem que alcançar. Para isso o esforço tem que ser intermitente”, sustenta.
 
Companheirismo
 
Cursar Pedagogia foi a meta de Marilza, 63, após dar à luz Mariana, 33. A filha tem DMM (Deficiência Mental Moderada) e quando criança tinha o palato aberto e foi diagnosticada com lábio leporino, condição congênita que consiste numa série de anomalias craniofaciais. A abertura no lábio ou palato do recém-nascido é ocasionada pelo não fechamento dessas estruturas na fase embrionária. Essa doença tem graus de severidade e no caso de Mariana, a classificação é submucosa, ou seja, a mucosa oral se encontra íntegra, mas a musculatura e os ossos estão separados.
 
“Muitos foram os dias que eu não queria ir na faculdade pelo cansaço, estresse de uma rotina pesada, mas a Mariana era incisiva e insistia até eu me convencer a ir e, é claro, ela ia junto. A faculdade me ajudou a ser mãe. Toda a mãe tem que ter curso de Pedagogia. Você ensina a colocar limites no seu filho da maneira correta. Eu entrei para ajudar a Mariana e me apaixonei pela área”, celebra Marilza.
 
O especial “Mudando o curso” também conta com a parceria dos produtores audiovisuais Helton Pérez e Hana Chaves nas fotos, vídeos e edição final.

Confira o especial clicando aqui!

 

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