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16/10/2018 17:00

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Para superar perda do filho recém-nascido, Marcela escreve mensagens de amor e fé

Mais de 400 mil mulheres sofreram perdas gestacionais em dois anos no Brasil

Sonho de construir uma família e ter filhos é comum na vida de diversos casais. A maternidade não é só ter um filho, é gerar, cuidar e aguardar o tão esperado momento de ver o rosto da ‘cria’, sentir o cheiro, e o toque do novo membro da família.

Em 2014 e 2015, quase 400 mil mulheres sofreram perdas gestacionais no Brasil, e outras 50 mil não viram seus bebês completarem nem um mês de vida. Esse foi um dos motivos que levou Ronald Reagan, então presidente dos Estados Unidos, a proclamar o mês de outubro como o mês da conscientização da perda gestacional e neonatal, data que com o passar dos anos acabou se espalhando pelo mundo.

Por isso vamos contar a história da Marcela Albres, jornalista, casada há quatro anos, que sempre sonhou em ter filhos. Ela e o marido enfrentaram problemas de fertilidade e, após três tentativas, passaram por essa experiência, mas quis o destino que o anjinho, chamado Felipe, retornasse cedo demais.

Era março de 2017, após suspeita, Marcela descobriu que estava grávida. Expectativa a mil, era o tão esperado primeiro filho do casal, mas com cinco meses de gestação, em um exame de rotina, veio a suspeita, e o diagnóstico de má formação.

Mais exames, suspeita confirmada, o médico então solicitou que o casal fosse para São Paulo para salvar a vida do filho tão esperado. Felipe sobreviveu apenas 31 dias, fez cirurgia com mais de 10 horas de duração e faleceu no dia 8 de dezembro.

Marcela fez ensaio aos sete meses de gravidez - Foto: Arquivo Pessoal

“Hoje eu falo tranquilo do assunto, estou em paz sobre a morte do meu filho. Fizemos de tudo para salvá-lo... Valeu a pena cada dia que tive ao lado dele. Quero tudo do meu filho e a morte dele faz parte da vida dele”, ressalta Marcela, que encontrou nas palavras a salvação.

Para ajudar pessoas que passam pela mesma situação, ela escreveu o livro ‘Até sempre, meu filho’, com mensagens de esperança, consolo, amor e fé para ajudar outras famílias. Para Marcela, esse tipo de perda muitas vezes não é validada pela sociedade.

“Escrever fez bem pra mim, amigos e outras mães, 'até sempre meu filho' já está sendo impresso, e vai ser lançado no dia que o Felipe faria um aninho, perpetuando a vida dele com um livro e levando a nossa história”, finaliza a mamãe.

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