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12/02/2017 09:30

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Sem nenhum ingrediente de origem animal, estudante faz bolos, sanduíches e até sonho de padaria

Comidinhas coloridas e saborosas da Cigana Vegana surpreendem quem – ainda – torce o nariz para o veganismo

Elas se passam facilmente como comidas ‘normais’, dessas que se encontra em lanchonetes e supermercados e, por isso, podem causar surpresa em quem as prova desavisado, sem saber que ali não foi utilizado nenhum ingrediente de origem animal, como ovo, leite ou carne. Os salgados, bolos, sanduíches, sonhos de padaria (!) e outros produtos da Cigana Vegana, de Campo Grande, também salvam quem até não muito tempo atrás tinha poucas opções para esse tipo de alimentação por aqui.

O que começou como um improviso para garantir uma renda extra, hoje é motivo de orgulho e muito trabalho para Arielly de Olivera Amarilla, a ‘Duda’, de 25 anos, a mão por trás das receitas. Depois de um longo período de testes, adaptações e acertos, ela começou vendendo para amigos da faculdade e hoje expõe todos os sábados na Feira Vegan, na Praça do Imigrante, junto a outros vendedores.

Só para citar alguns exemplos, Duda faz os coloridos pães de beterraba, cenoura, cebola e hortelã, baunilha, coco, integral com castanhas e o tradicional. O salpicão, ao invés de frango, leva ‘carne’ de jaca, que também é vendida separadamente para outros preparos. As batatas recheadas podem levar ‘torresminhos’ de soja e, os hamburgers, podem ser de grão de bico com molho barbecue fake.

Nascida em Ponta Porã, a estudante de ciências sociais conta que sempre gostou de cozinhar e, depois de se tornar vegana, após anos de vegetarianismo, decidiu investir na ideia para provar que dá sim para fazer boas comidas com ingredientes pouco usuais – basta criatividade. “O processo foi mais difícil que ser vegetariana, pois a comida era mais restrita, e eu gostava bastante de queijo, muito mais até que a carne. Porém, quando fui cozinhando receitas veganas, fui descobrindo outra forma de ver a comida, tudo é possível de se fazer, um queijo vegetal delicioso, um creme, um leite...Vi que dá pra se comer bem, com muito sabor, sem precisar explorar os animais”, diz.

Desde então, ela relata tem ouvido muito mais elogios do que críticas, mas ainda sente certa ‘desconfiança’ de quem não conhece esse tipo de alimentação. “Aqui no nosso estado, onde a cultura de comer carne é predominante, tem sim um pouco de preconceito, muita gente acha que é frescura, uma atitude sem valor nenhuma pois os ‘bichos foram feitos pra comer’, mas também tem muita gente que não conhece o veganismo e olha com bons olhos na primeira vez que já conhece, até comenta que gostaria de ser, porém não sabe como realizar a vontade, acham que é difícil de cozinhar as comidas, ou então de consegui-la, um pouco isso tem a ver com a falta de informação mesmo”, conta a jovem.

Os preços variam bastante, começando em R$ 4 até R$ 70, que são os salgadinhos vendidos por cento. Para encontrar a Cigana Vegana, basta conferir a Feira Vegan, que acontece todos os sábados a partir das 18h na Praça do Imigrante, na esquina entre as ruas Rui Barbosa e Joaquim Murtinho, no Centro. Encomendas podem ser feitas pelo telefone (67) 99337-6813 ou pela página de Facebook, clicando aqui.

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