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Especial Dia da Mulher

08/03/2017 09:00

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TopMídiaNews no Dia da Mulher: a campo-grandense que faz a diferença na África com novas emoções

Participando do Projeto Fraternidade Sem Fronteiras, Dorinha ajudou a trazer ao mundo outra guerreira

Com 21 anos de profissão, a médica Maria Auxiliadora Budib, vive momentos únicos a milhares de quilômetros de Campo Grande, onde mora e trabalha. Atuando como Diretora de Assistência a Saúde na Cassems (Caixa de Assistência aos Servidores de Mato Grosso do Sul), obstetra na Maternidade Cândido Mariano, atuante em várias frentes de saúde, é uma mulher que conquistou seu espaço na medicina.

Mas, foi em Matuba, Gaza, lá em Moçambique, na África, que Dra. Dorinha, como é conhecia na Capital, experimentou uma emoção diferente. Acostumada a fazer partos em locais estruturados como hospitais, no dia Internacional da Mulher, ela se entregou de corpo, alma e conhecimento e fez o parto em um lugar onde a pobreza extrema, a falta de condições e tantas outras mazelas humanas, marcam a vida das mulheres.

No dia Internacional da Mulher, o TOPMIDIA traz para vocês, histórias de mulheres que ousaram se desafiar, que fazem rir, que fazem chorar ou que fazem nascer, como é o caso de Dra. Dorinha.

“Sou médica ginecologista e obstetra há 21 anos. O Fraternidade sem Fronteiras não é um projeto meu, eu tive a felicidade de ser convidada por amigos a ser madrinha de uma criança na África onde um grupo de brasileiros faz trabalho voluntário em aldeias distantes, com situações de vulnerabilidade. Grande parcela das crianças são órfãs e vivem em condições de risco. Desde 2009 o Wagner Moura Gomes desenvolve aqui um projeto social lindo e de impacto na qualidade de vida dos moradores locais. São 8600 crianças em 22 aldeias”, conta ela sobre o projeto que foi convidada.

Segundo a médica, o projeto é totalmente voluntário e pago pelos caravaneiros, como são chamados os profissionais que vão até esses locais. “As caravanas de saúde acontecem várias vezes ao ano e há atendimento médico e odontológico voluntário. Nenhum caravaneiro recebe nenhum tipo de ajuda, nem passagem e veem até aqui para contribuir na edificação de um sonho: ser um só coração”.

O parto com os filhos ao redor

Durante uma caminhada de atendimento, ela então exerceu seu ofício. “Ontem enquanto fazíamos visita domiciliar aos idosos da região de Matuba, uma senhora estava em primeiro período pós Parto. Coincidência ou não eu estava passando junto com o grupo, e como sou obstetra, prestei os primeiros cuidados. Foi emocionante ver seus outros cinco filhos ao redor e quietinhos...”, conta emocionada.

Dorinha não poupa palavras para descrever a emoção, a diferença de atendimento e elogiar a mulher que estava dando à luz. “Ela com sede, fome e dor. Como uma grande sobrevivente e sabedora dos conhecimentos ancestrais, tinha uma corda amarrada ao ventre. Pensa em tudo que passou em minha cabeça : no Brasil, no meu ambiente de trabalho, tudo em protocolo de segurança, tudo voltado em garantir todos os passos necessários e eu ali, assistindo a mãe natureza agir e vendo aquela mulher na resiliência absoluta da maternidade”, narra.

“As mulheres moçambicanas das aldeias são solidárias, são fortes e encantadoramente musicais. O afeto transborda aos olhos e eu que achava que viria para ajudar fui a mais ajudada. As dificuldades são diversas pela localização geográfica, pela seca, pela infraestrutura ainda precária”, continua explicando.

Segundo a médica, com o trabalho o  núcleo de acolhimento do Fraternidade sem fronteiras está investindo nas crianças, quem de fato fará a diferença lá na frente. “Vejo no Fraternidade uma grande esperança onde pessoas se aliam na corrente do bem... Sozinhos podemos chegar mais rápido, mas juntos chegamos mais longe, não é mesmo? Apenas gratidão por estar aqui e agora e vivenciar toda essa energia e todo esse amo! Em tempo, a bebê recebeu como nome, o meu apelido, Dorinha”, comemora. 

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