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Campo Grande

30/12/2017 15:15

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Após adolescente gestante sofrer acidente, família denuncia proibição de acompanhante em Upa

Segundo a mulher, gerente tratou caso com desdém; Prefeitura defende profissional

A família de uma gestante adolescente denunciou a falta de cumprimento da lei de acompanhante após ela sofrer um acidente e ser levada para a UPA da Vila Almeida, em Campo Grande. Segundo a denúncia de Bruna Mirely Januário, na noite desta sexta-feira (29) a gestante, que tem 17 anos, estava junto ao companheiro e sofreu um acidente de moto. 

Porém, na unidade de saúde, um enfermeiro que seria o gerente geral não teria deixado a adolescente ser acompanhada, e além disso teria chamado a Guarda Municipal para tirá-la a força do local. 

“Eu queria ficar próxima, porque ela está gestante de cinco meses e fiquei por perto porque disseram que ela tinha possibilidade de ser transferida para um hospital. Foi quando me deparei com um enfermeiro, muito arrogante que me tirou do lado dela como se fosse um animal, foi quando eu procurei a sala da assistente social”, contou Bruna. 

Segundo ela, o homem que seria gerente da unidade afirmou que pelo fato da adolescente ser “casada”, seria já emancipada. “Mas o marido dela também estava acidentado, todo machucado, não é casado no papel, como isso geraria a emancipação da minha irmã? Questionei isso e ele disse que quem mandava lá era ele e que eu estava lá a passeio. Eu, também gestante, de certo ia passear na UPA”. 

“Ele ria muito de mim, debochava demais, eu ali com toda minha humildade só queria ficar do lado dela, ter certeza que ela e minha sobrinha estariam bem, não ia atrapalhar ninguém, ia ficar no cantinho, podia ser em pé mesmo. Foi aí que ele me olhou dos pés à cabeça e disse em um tom bem alto que não tenho estrutura de ficar ali, disse isso desfazendo de mim”, narrou sobre o episódio. 

Ela afirmou que fará uma reclamação na ouvidoria e que há uma gravação sobre o episódio em que ela está conversando com a assistente social da UPA. “Fui à enfermaria pra ver ela e falar que eu ia embora, porque estava passando mal, já que fiquei muito nervosa, quando dei de cara com ele e dois guardas municipais na entrada. Claro que eu briguei mais uma vez. Fui muito maltratada por esse senhor, os guardas estavam prontos pra me tirar dali me puxando, mas depois que contei a história nenhum deles se propôs a seguir a ordem desse tal gerente, agora me digam, se fossem com vocês? Um ente querido todo machucado precisando de ajuda e menor de idade. Eu pago meu IPTU em dia, minha família toda paga, para quê? Para chegar na unidade e sermos tratadas assim? Que nem animal? Nem animal merece ser tratado dessa forma, pagamos os salários deles e somos tratados assim, que nem bicho”, desabafou, revoltada. 

Prefeitura defende ação

Segundo informações da assessoria de imprensa da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) a paciente em questão deu entrada na unidade por volta de 23h juntamente com o marido, apresentando escoriações leves pelo corpo em decorrência de uma queda acidental de moto. Ambos foram prontamente atendidos, passaram pela avaliação do médico e foram encaminhados à enfermaria da unidade. 

“Pouco tempo depois, uma mulher, supostamente prima da paciente, chegou à unidade acompanhada de uma segunda pessoa (marido) e adentrou à enfermaria em busca do casal acidentado. Eles foram orientados pelo gerente da unidade a se retirarem do local que é de acesso restrito e permanecerem na recepção, pois a enfermaria estava cheia de pacientes e acompanhantes e também por não haver necessidade, considerando que o casal já encontrava-se em repouso”, explicou em nota. 

Ainda segundo as informações oficiais, a mulher em questão chegou a questionar o gerente alegando que teria direito de acompanhar a paciente e se descontrolou “passando a gritar dentro da enfermaria causando desconforto aos demais pacientes que estavam internados. O gerente novamente orientou a mulher a aguardar na recepção, considerando que a sua atitude estava colocando em risco a integridade de outros pacientes que se encontravam debilitados. Não houve nenhuma orientação para que o guarda municipal retirasse a mulher, mas o agente se deslocou até a sala para verificar o que estava ocorrendo pois houve um princípio de tumultuo e mulher se retirou por conta própria”.

A Sesau informou que os dois saíram do local sem receber a alta médica. “Conforme avaliação do médico, o casal teve apenas escoriações leves e não houve necessidade da realização de nenhum exame pois não havia sinais de trauma em nenhuma parte do corpo. Foi recomendado que o casal permanecesse 6h em repouso na unidade, mas por volta de 1h eles foram embora sem receber alta, ou seja, evadiram-se do local”, esclareceram. 

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