Os médicos que prestam serviço na rede municipal da Capital decidiram encerrar a greve a partir desta sexta-feira (30), após a Justiça determinar que o valor da multa diária passa a ser de R$ 100 mil e bloqueou R$ 20 mil em bens do SinMed (Sindicato dos Médicos de Mato Grosso do Sul). Os profissionais realizaram uma assembleia na noite de ontem (29), para discutir o assunto e a maioria optou pelo fim do protesto.

O juiz de Direito, José Eduardo Neder Meneghelli, da 1ª Vara de Fazenda Pública e de Registros Públicos, determinou alteração no valor da multa, que de início era de R$ 10 mil para R$ 100 mil, por considerar como   desobediência o fato do sindicato não ter encerrado a greve, que teve início na segunda-feira (24).

Além disso, o magistrado determinou a apreensão de veículos em nome do presidente do Sinmed, Flávio Freitas Barbosa, que teria afirmado ao prefeito Marquinhos Trad (PSD) que daria continuidade a paralização até   receber os 27,5% de reajuste solicitado.

O juiz pede ainda a investigação na esfera penal do dirigente que lidera a greve dos médicos na Capital. Segundo a decisão judicial, a greve ''está a acarretar sobretudo grave prejuízo, não aos financeiramente poderosos, mas à população pobre, que não dispõe de dinheiro para consulta particular [...] por isso estão obrigados a procurar ajuda junto aos profissionais médicos que atuam nos postos de saúde [...] E quando lá chegam se deparam com a recusa dos médicos no socorro à saúde, sendo certo que a greve é manifestamente ilegal, conforme já asseverou este juízo'', diz a decisão juiz.

Na mesma determinação, o juiz pede ao secretário Municipal de Saúde, Marcelo Vilela, que informe o nome de todos os médicos que participam da greve, estando ou não nos postos de saúde