Seis anos depois do projeto original, o consórcio Solurb inaugurou, nesta segunda-feira (26), o primeiro ecoponto de Campo Grande. Antônio Lacerda, secretário municipal de Governo, que representou o prefeito Marquinhos Trad (PSD) durante o evento, disse que entraves políticos fizeram com os cinco ecopontos previstos no contrato entre a empresa e a prefeitura atrasassem tanto para serem instalados.
"Em 2012, havia previsão de cinco ecopontos", disse. "Mas não importa quem era o administrador da cidade, [...] depois de seis anos estamos inaugurando o 1° ecoponto", comemorou Lacerda.
Com a nova administração municipal, problemas foram encontrados para colocar o projeto em prática. O secretário informou que, entre 2016 e 2017, havia um custo junto a empresa para o recolhimento de resíduos sólidos, que chega ao valor de R$ 65 milhões ao ano.
"A administração anterior falou que ia ajudar e repassou apenas R$ 30,5 milhões só que, deste dinheiro, recebemos apenas R$ 16 milhões. É aí que eu falo que é fazer cartaz com dinheiro alheio. Mas e o restante? Quem ia ter que pagar? Teve que tirar dinheiro do tapa-buraco, do remédio do posto de saúde", explicou.
E depois disto, Lacerda ainda explicou que houve a necessidade do município criar a taxa do lixo. "Houve correção de valor, o prefeito teve visão de humildade para fazer isso. Mas foi pra um valor justo e é preciso pagar", comentou.
Durante o discurso, o superintendente da Solurb, Élcio Terra, falou sobre o caso. "Sobre os marcos contratuais, agradecemos a atual administração, que mesmo diante dos contratempo, faz uma gestão que caminha lado a lado e faz valer a parceria público-privado. Nós damos um voto de gratidão a essa administração".
Caçambas
Lacerda alertou ainda para o impasse jurídico no serviço de coleta relacionado às caçambas de entulhos. "Após às eleições de 2016, encontramos a cidade com mais de quatro mil caçambas estacionadas nas ruas. O juiz, em 2015/2016, mandou interditar o posto no Noroeste. O caçambeiros ameaçavam jogar o lixo no pátio da prefeitura".
Diante da situação, o prefeito chegou a encomendar um estudo 'sobre o que fazer com o Noroeste'. "Houve um entendimento, que no caso destes resíduos, o serviço era meramente privado. O serviço equivale apenas a um frente, o transporte do material de um local para o outro, e que nós precisávamos era de um local licenciado".
O impasse teve fim após o município receber ajuda de cinco empresários que começaram a trabalhar no setor. "Hoje nós temos sete. Os caçambeiros também estão criando os deles".
Ecopontos
O primeiro ecoponto foi resultado de planejamento, afirmou a diretora-presidente da Planurb, Berenice Maria Jacob Domingues. "É um marco regulatório que conseguimos viabilizar", conta.
Além desse, mais quatro ecopontos serão instalados em Campo Grande ainda neste ano. "Vai ser no Centro-Oeste, União, Nova Lima e Noroeste e mais um dos caçambeiros que ficará no Tiradentes e não vai ser apenas Ecoponto, vai ser uma ATT - para transbordo e triagem".
Élcio Terra ainda finaliza: "nós temos a previsão de construir mais quatro ecopontos e o nosso objetivo ainda fazer neste ano. Os demais com objetivos diferentes para atender a população para que possa funcionar simultaneamente com a sua implantação", finaliza.
