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Campo Grande

08/11/2017 09:29

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Até cachorro: Moradores enfrentam onda de assaltos e arrombamentos na região do Rita Vieira

Reclamação é que polícia não vai ao local; PM diz que ruas são de difícil acesso

Furtos, arrombamentos, agressões aos animais de estimação e até mesmo cachorros que são levados. Esse é o cenário que vivem os moradores do Jardim Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, que fica próximo ao bairro Rita Vieira, na Capital.

A reclamação de alguns é que são tantos assaltos que já não há o que ser levado nas casas. “O primeiro assalto foi entre o Natal e Ano Novo de 2015, não sabemos a data porque estávamos viajando, levaram bicicleta do meu esposo, razoavelmente cara, TV, algumas joias, o cofre da minha filha e bagunçaram tudo, pelas marcas deixadas foram crianças que entraram pela obra ao lado e saíram pelo fundo, fizemos BO mas não deu em nada”, conta uma moradora que pede para não ser identificada.

Nesta segunda-feira (6), a casa sofreu novo assalto no período da tarde. “Saímos para levar meu filho no hospital depois das 13h, retornamos depois das 18h e estava tudo revirado. Levaram minhas joias e da minha filha, as que ainda restavam, notebook, perfume, maquiagem, secador de cabelo,  frasqueira das crianças e minha, novamente o cofre da minha filha, mochila e tênis do meu marido, além de várias roupas”, contabiliza.

A moradora afirma que o boletim de ocorrência foi feito, mas sem muita fé que pode mudar algo. “Fizemos, mas não temos mais crédito que vai acontecer alguma coisa. Além de revirarem tudo, quebram nossos móveis, estragam as coisas, sujam tudo. E quando ligamos na polícia informam que não podem fazer nada, só ir a uma delegacia”, reclama.

Morando na rua Traíra, um morador tem a mesma reclamação. “Nossa casa furtaram 10 dias depois que mudamos, foi no fim da tarde, levaram notebook e outras coisas como roupas e pares de tênis. Chamamos a polícia, a viatura veio depois de uma hora e disse que não podia fazer nada. É triste isso”, aponta.

Os moradores já instalaram câmeras de vigilância e concertina nos muros e a indignação é porque acabam se sentindo presos em casa. “Minha casa parece uma prisão, enquanto bandido age livremente e o pior é que não tem policiamento, nunca vemos uma viatura por aqui, e não deixamos de pagar os impostos”, afirmaram.

Para se protegerem, também foi criado um grupo de troca de mensagens entre os moradores. “Porque chamar a polícia não adianta mesmo”, conta uma outra moradora que teve a casa furtada em três ocasiões.

Polícia tem dificuldade para acessar ruas

A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa do Governo do Estado e da Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública) e a informação foi que a polícia militar atua na região atendendo as ocorrências e realizando rondas ostensivo-preventivas.

“Depois da ocorrência de um crime, a competência para ir até o local é da polícia judiciária. No entanto, no intuito de obter informações para realização de diligência e prestar logo que possível esclarecimentos ao cidadão, muitas vezes a Polícia Militar, quando não está empenhada em ocorrências que estão em andamento, desloca-se aos locais onde já foram cometido delitos como roubo e furto”, explicaram.

Segundo a assessoria, com as reclamações repassadas, a unidade responsável pelo policiamento na localidade também foi informada da situação no Jardim Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.

Segundo informações do Gecam, nas proximidades de tal bairro há um local popularmente conhecido como "manobrinha", onde, aos domingos, vários motociclistas se reúnem para realizar manobras com suas motocicletas. Além disso, o acesso ao bairro é dificultado pelas condições das vias, muito esburacadas, o que inviabiliza a passagem de viaturas de quatro rodas em várias ruas.

“A partir de amanhã será incluído no Quadro de Eventos da 6ª CIPM a intensificação do policiamento ostensivo, principalmente por parte de viaturas motos, naquela região. E, diante da oportunidade, a assessoria de comunicação da PMMS também informa que a Polícia Militar está à disposição da comunidade para outros esclarecimentos”.

Na nota, foi explicado que na região há muitos terrenos baldios, ruas não pavimentadas e iluminação e segurança estrutural que denotam, de fato, certa vulnerabilidade. “A segurança pública se faz com a união de todos, incluindo a Polícia Militar, para que o cidadão usufrua do bem-estar e da incolumidade que lhe são devidos”, finalizaram.

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