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Cinco meses após ‘devassa’ do Gaeco, Omep recebe meio milhão de reais do poder público

Ex-presidente da instituição foi presa durante investigações de fraudes em convênios com o município

28 maio 2017 - 09h30Por Diana Christie

Mais de cinco meses após a Operação Urutau, deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) em 13 de dezembro de 2016, a prefeitura de Campo Grande anunciou o repasse de R$ 559.206,00 para a Omep (Organização Mundial Para Educação Pré-Escolar).

O repasse foi feito com dispensa de chamamento público, ou seja, com livre escolha da prefeitura por se tratar de “Organização da Sociedade Civil previamente cadastrada e que desenvolve atividades voltadas ao serviço de educação”. As informações foram publicadas no Diogrande (Diário Oficial de Campo Grande) de sexta-feira (19).

De acordo com despacho da secretária municipal de Educação, Ilza Mateus de Souza, os recursos financeiros são do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e da Valorização dos Profissionais da Educação) e devem ser usados para a execução das despesas de custeio realizadas ou a realizar.

“O município tem o dever, através de um conjunto integrado de ações, de garantir o atendimento às necessidades básicas, promovendo e incentivando a colaboração da sociedade, visando o pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”, justifica.

A instituição foi alvo da Operação Urutau em investigação de fraudes a convênios mantidos entre as organizações Omep e Seleta (Sociedade Caritativa e Humanitária) junto com a prefeitura. Na ocasião, foram cumpridos 14 mandados de busca e apreensão, sete conduções coercitivas e três mandados de prisão preventiva, inclusive contra a ex-presidente da Omep, Maria Aparecida Salzame.

Além das fraudes nos convênios, o Gaeco investigou crimes como falsidade ideológica, peculato, lavagem de capitais e associação criminosa. A então vereadora Magali Picarelli (PSDB) foi uma das interrogadas pelo grupo de atuação por empregar a nora e a ex-nora, suspeitas de serem funcionárias fantasmas, em seu gabinete.