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Campo Grande

Com paralisação, HU deixa de realizar serviços essenciais na Capital

Há cinco dias, 130 trabalhadores cruzaram os braços por não receberem salários de empresa terceirizada

09 janeiro 2017 - 16h01Por Amanda Amaral

Por tempo indeterminado, segue a paralisação de trabalhadores terceirizados que atuam no Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian, da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), em Campo Grande. Sem receber pagamentos de dezembro, a segunda parcela do 13º e benefícios como auxílio alimentação e vale transporte, 130 funcionários contratados pela empresa Maximus permanecem desde a última quinta-feira (5) apenas exercendo atividades com o mínimo efetivo previsto em lei.

Conforme o Steac/MS (Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Asseio e Conservação de Mato Grosso do Sul), entidade que representa os funcionários terceirizados do hospital, atividades fundamentais da unidade deixam de ser realizadas e já prejudicam pacientes, acompanhantes e demais funcionários. “As áreas de manutenção, os maqueiros, trabalhadores da nutrição, do banco de leite e do laboratório lactário pararam, para reivindicar seus direitos. Apenas 30% deles estão trabalhando, porque é preciso respeitar a legislação e o ambiente hospitalar, apesar de tudo”, relata o vice-presidente do sindicato, Ton Jean Ramalho Ferreira.

Ainda segundo o representante, a diretoria da empresa garantiu que os pagamentos serão realizados até essa terça-feira (10), mas não há boas expectativas que o prazo seja cumprido, já que atrasos nos pagamentos seriam constantes. O valor da folha é de R$ 378 mil ao mês, sem contar benefícios e o décimo terceiro salário.

“A situação já está se agravando. Por exemplo, o acompanhante que por lei precisa receber refeição, não está recebendo. Existem casais que trabalham na empresa, essas pessoas têm como única fonte de renda esses salários e estão com necessidades básicas comprometidas, há crianças envolvidas. Muito grave e muito triste isso”, diz Ferreira.

A reportagem tentou entrar em contato com a empresa Maximus, que consta ter escritórios em Marília (SP) e Belo Horizonte (MG), mas até a publicação da matéria não obteve retorno. Já a Ebserh (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares), responsável pela gestão do HU e com sede em Brasília (DF), afirmou que é responsabilidade da empresa verificar as condições de pagamento dos próprios contratados e deve cumprir o requisito imposto em contrato, firmado em setembro de 2015.

Em nota, a Ebserh garantiu que está em contato diário com a terceirizada para resolver a situação do pagamento dos funcionários. Cobrada, a Maximus teria se comprometido em repassar os valores aos 130 trabalhadores até o final desta semana.