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Campo Grande

08/06/2018 15:15

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Comércio se pinta de verde e amarelo, mas não empolga torcedor a nove dias da Copa do Mundo

No entanto, comerciantes acreditam que movimento vai melhorar às vésperas do mundial

Vendedores ambulantes e grandes redes de eletrodomésticos já exibem o verde e amarelo da seleção brasileira nas vitrines, mas ainda não foi o suficiente para empolgar o torcedor. O comércio espera aquecer as vendas na véspera da estreia do Brasil, dia 17 de junho, às 14h contra a Suíça.

Arnaldo Gonçalves, 63 anos, é ambulante e está há um mês na esquina da 14 de Julho com a Afonso Pena oferecendo bandeiras e adereços verde e amarelo. No entanto, em meio ao frio, as vendas só esquentaram hoje.

''Tá bom [as vendas], hoje [dia 7], as pessoas estão procurando os produtos'', celebrou o vendedor. Entre os itens mais vendidos estão as bandeiras que encaixam na porta dos carros, cujo preço é R$ 5,00, e as cornetas.

Comparando com outras edições da copa do mundo, Arnaldo diz que a empolgação do torcedor está bem abaixo do esperado.

''Acho que a seleção está desacreditada, mas quando estiver nas oitavas de final, não sobra uma bandeira'', estima o ambulante.

Ainda na 14 de Julho, Laudenir Lopes, 59 anos, que faz divulgação de compra e venda de ouro, colocou camisa da seleção brasileira e chapéu para atrair a atenção dos pedestres. Ele garante que fez isso por conta própria para influenciar as pessoas a se animarem para o mundial.

Lopes também acha que o '7X1' da Alemanha na copa passada tirou um pouco da animação do brasileiro. Mas ele também enxerga que o noticiário político também tirou o foco do torcedor.

''[Vestindo de verde e amarelo] a gente influencia as pessoas que política e futebol não tem nada a ver'', analisa Lopes.

Em uma loja de utilidades domésticas na rua Dom Aquino, no centro da Capital, a subgerente  Margie Bernal diz que está terminando de montar o estoque e a expectativa é boa. Para ela, as vendas foram boas nesta quinta-feira (7) e devem melhorar.

Nessa loja, o paredão promocional está cheio, já que também tem festa junina e o restante do dia das mães.

No Bar do Zé, comércio tradicional de Campo Grande, o vendedor Adilson Alves acredita que o povo esteja meio desiludido por conta da crise econômica, paralisação dos caminhoneiros e eleições, por isso parece menos empolgado.

No entanto, Alves acredita que o brasileiro vai entrar no clima às vésperas da competição na Rússia. Nesse bar, ele e os amigos vão acompanhar os jogos da seleção brasileira.

Nas vitrines, principalmente das grandes redes, os produtos estão enfeitados com balões verde e amarelos.

Ariany Faria tinha 13 anos quando a última copa do mundo foi disputada. Hoje, com 17 anos, constata que o público ainda não se empolgou, mas também destaca influência da goleada sofrida pelo Brasil em 2014.

Entre as motivações para a falta de entusiasmo, a jovem também acredita que imposto, corrupção e greve [paralisação caminhoneiros] estejam entre os motivos. Ela própria se diz desanimada e ainda vai decidir como vai assisitr aos jogos.

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