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Campo Grande

24/07/2017 17:31

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Contra decreto, motoristas de Uber 'param' Afonso Pena e ganham apoio de usuários

Carreata teve princípio de tumulto, que foi contido por colaboradores

O protesto de motoristas de Uber contra o decreto municipal que regulamenta a atividade em Campo Grande teve grande adesão dos colaboradores, na tarde desta segunda-feira (24). A carreata, que começou em frente ao Paço Municipal e terminou na Avenida Afonso Pena, teve apoio de usuários do serviço ao longo do trajeto.

Conforme o presidente da AMU (Associação dos Motoristas de Aplicativo de Mobilidade Urbana), Wellington Dias, havia cerca de 600 carros no protesto. Ele contou que o ato é para chamar atenção, já que os profissionais não concordam com nenhum ponto do decreto 13.157, que regulamenta a atividade na Capital.

''Do jeito que está não tem como ser razoável. Estamos insatisfeitos com as declarações do prefeito [Marquinhos Trad] e com os resultados da comissão formada para elaborar o decreto.

''Não fomos ouvidos, mesmo participando da comissão, estando presentes nas discussões. Eles não tiveram bom senso na elaboração do documento'', criticou Dias.

(Colaboradores usaram nariz de palhaço em protesto contra decreto - Foto: Wesley Ortiz)

Durante o trajeto da carreata, os colaboradores da Uber distribuíram panfletos cujo título era: ''Aproveitem os últimos dias da Uber em Campo Grande''.  O texto trazia críticas às declarações do prefeito Marquinhos Trad, de que, se o aplicativo não se regulamentasse, ficaria ilegal perante o poder público.  

O empresário Fabrício Duarte Alves,40, estava justamente esperando um carro do aplicativo para ir buscar o carro na oficina, quando ocorria o protesto. Ele apoiou a manifestação e espera que não haja mudanças.

''Espero que o serviço continue do jeito que está. E se houver regulamentação, que não aumente o preço'', afirmou.

(Gil é empresário e apoia o protesto dos motoristas de Uber)

Outro empresário, Gil Miranda, 50, usa o aplicativo pelo menos três vezes por semana e está satisfeito com o aplicativo. ''Abri mão do taxi e do transporte público porque não compensa mais'', justificou. Ele acrescentou que, se com o decreto, o Uber ficar igual ao táxi não vai usar mais o serviço da empresa norte-americana.  

A carreata se dispersou por volta das 17h15 e por hora não estão previstos mais protestos.

Tumulto

No momento em que a carreata, que seguia pela Avenida Afonso Pena, passou no cruzamento com a Rua 13 de Maio, um motorista, se irritou e promoveu um tumulto contra condutores do aplicativo.

Rodrigo de Araújo relatou que estava esperando há mais de 30 minutos e por precisar trabalhar se irritou, pegou o extintor do próprio carro e disparou em cima dos carros da Uber que estavam na carreata.

Colaboradores da Uber que estavam perto desceram e iniciaram um bate boca com o motorista, que quase foi agredido. Instantes depois as partes foram contidas e foram embora.  

Araújo disse que não é contra o movimento, mas que tem o 'direito de ir e vir'.

(Revoltado com protesto, motorista - vermelho - jogou pó de exintor nos carros da Uber)

 

 

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