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Campo Grande

Cortar o mal pela raiz: prefeito lança campanha de combate à dengue na Capital

Marquinhos destaca redução dos casos da doença desde que assumiu a prefeitura

22 janeiro 2019 - 11h33Por Dany Nascimento

Valorizando a conscientização da população para combater o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, o prefeito Marquinhos Trad (PSD) participou do lançamento da campanha ‘Liga Anti Mosquito’, na manhã desta terça-feira (22), que marca parceria da prefeitura com a rede Comper.

Ele destaca que a administração conseguiu baixar o número de casos da doença na Capital. “Realizamos atos de prevenção e conscientização da população porque o mosquito é criado pelo ser humano. Quem produz o mosquito é o lixo, quem gera o lixo é o ser humano. Se ele tiver cautela e educação, o mosquito por si só seria eliminado".

"Em 2016, foram registrados pela secretaria de saúde 26,8 mil casos de dengue. Quando Deus me deu a oportunidade de ser prefeito, fiz uma reunião com comper e CDL, baixamos para 4 mil em 2017. No ano de 2018, 3,7 mil”, disse o prefeito.

Ele afirma que, na primeira quinzena deste ano, foram registrados 385 casos. “Temos 1,4 mil agentes, tem fumacê para todos os lados para deixar sua casa limpa. 70% dos casos de dengue acontecem em residências e, o pior de tudo, atinge crianças”.

A Campanha Liga Anti Mosquito tem como objetivo incorporar o combate ao mosquito entre os funcionários da redes, que devem repassar as orientações em suas casas.

O Mosquito

O Aedes aegypti é o mosquito transmissor da dengue e da febre amarela urbana. Originário da África, foi disseminado de forma passiva pelo homem e hoje é considerado um mosquito cosmopolita.

Menor que os mosquitos comuns, o Aedes aegypti é preto com riscos formando um pequeno desenho semelhante a uma taça no tórax e listras brancas na cabeça e nas pernas. Suas asas são translúcidas e o ruído que produzem é praticamente inaudível ao ser humano.

O macho, como os de qualquer espécie, alimenta-se exclusivamente de frutas. A fêmea, no entanto, necessita de sangue para o amadurecimento dos ovos que são depositados separadamente nas paredes internas de objetos, próximos a superfícies de água limpa, local que lhes oferece melhores condições de sobrevivência. No momento da postura são brancos, mas logo se tornam negros e brilhantes.

Em média, cada A. aegypti vive em torno de 30 dias e a fêmea chega a colocar entre 150 e 200 ovos. Se forem postos por uma fêmea contaminada pelo vírus da dengue, ao completarem seu ciclo evolutivo, transmitirão a doença.

Os ovos não são postos na água, e sim milímetros acima de sua superfície, principalmente em recipientes artificiais. Quando chove, o nível da água sobe, entra em contato com os ovos que eclodem em pouco menos de 30 minutos. Em um período que varia entre sete e nove dias, a larva passa por quatro fases até dar origem a um novo mosquito: ovo, larva, pupa e adulto.

O A. aegypti põe seus ovos em recipientes artificiais, tais como latas e garrafas vazias, pneus, calhas, caixas d’água descobertas, pratos sob vasos de plantas ou qualquer outro objeto que possa armazenar água de chuva. O mosquito pode procurar ainda criadouros naturais, como bromélias, bambus e buracos em árvores.

A transmissão da dengue, bem como da febre amarela, depende da concentração do mosquito: quanto maior a quantidade, maior a transmissão. Esta concentração está diretamente relacionada à temperatura e pela presença das chuvas: mais chuvas, mais mosquitos.