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Campo Grande

15/09/2017 19:00

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Criança fica com paralisia cerebral após médico forçar parto natural

Médico rejeitou as recomendações para a realização de cesariana, segundo a mãe da criança

Uma mãe denuncia profissional de Nova Alvorada do Sul de erro médico durante o nascimento do filho, em março deste ano. De acordo com a denunciante, o médico rejeitou as recomendações para a realização de cesariana e forçou um parto normal, mesmo com as contraindicações médicas, trazendo sequelas irreversíveis para a criança.

Andressa Faria de Souza, de 20 anos, conta que, no início do ano, se mudou para Nova alvorada do Sul durante o 8º mês de gravidez. “Até o oitavo mês realizei o meu pré-natal em Campo Grande e a minha filha estava bem saudável. Continuei o pré-natal em Nova Alvorada. Meu parto estava programado para acontecer em 24 de março”, disse.

No dia previsto para o parto, Andressa começou a sentir contrações e foi até o médico, que conferiu a dilatação e a mandou para a casa. No dia seguinte retornou, e novamente médico mandou embora. No terceiro dia, ainda com contrações, Andressa foi ao médico que constatou que precisava ser feito uma cesariana e encaminhou para que fosse feita a cirurgia. “Estava há três dias com contrações, dores e sem a bolsa estourar. Alguma coisa estava errada”, disse.

Andressa conta que, chegando ao Hospital em Nova Alvorada do Sul, o médico realizou um ultrassom e foi detectado que o coração da criança estava quase parando. “A enfermeira virou para o médico e disse: ‘doutor, o coração está parando. O senhor não vai fazer nada? Precisa de uma cesariana’. Mas o médico disse que não e forçou um parto natural”, relata.

Durante o parto, Andressa diz que quase desmaiou. O coração da criança parou e o médico e enfermeiros demoraram uma hora para reanimar a criança. Laudo médico constatou que a criança ficou com sequelas permanentes devido a paralisia cerebral anoxia perinatal. “A minha filha não vai andar. Não vai falar. Ela era perfeita. E agora vai sofrer o resto da vida”, disse.

A intenção é ingressar no Ministério Público Estadual, através da promotoria de Nova Alvorada do Sul, contra o médico e a prefeitura. Também será solicitada a tutela antecipada para que sejam pagos todos os cuidados médicos da criança. 

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