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Campo Grande

Empréstimo para revitalização do centro está aprovado, mas prefeitura enrola há seis anos

Projeto se refere a segunda etapa do "Reviva Centro", que promete mudar a cara de Campo Grande

21 janeiro 2017 - 18h10Por Airton Raes
Empréstimo para revitalização do centro está aprovado, mas prefeitura enrola há seis anos

A segunda etapa da revitalização do centro de Campo Grande, chamada “Reviva Centro”, continua sem sair do papel. Com valor previsto de R$ 370 milhões, sendo R$ 180 milhões oriundos de empréstimo do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), o projeto previa a revitalização da Rua 14 de julho e a criação de corredores de ônibus e construção de terminais de ônibus. 

A Prefeitura está aguardando o Governo Federal para assinatura do contrato com o novo prefeito.  A previsão é de que a obra seja retomada ainda neste semestre.

O Plano de Revitalização do Centro envolve mais de 90 ações estratégicas e tem a finalidade de proteger o patrimônio histórico e cultural, valorizar o espaço público e a economia da região, fomentar eventos e atividades de lazer, além de fortalecer a administração pública nas áreas de fiscalização e monitoramento.

O projeto é da gestão de Nelson Trad Filho (PMDB), que ficou até 2012 a frente da prefeitura e não o concluiu. Em seguida, Alcides Bernal (PP )e depois Gilmar Olarte, que inclusive assumiram a administração da cidade divulgando que uma de suas primeiras ações seria sobre o Programa, mas nada realizaram.

 Após a volta de Bernal, o município foi impedido de conseguir o empréstimo por constar como inadimplemento no Cadin (Cadastro Informativo de Créditos não Quitados do Setor Público Federal) e do Cauc (Cadastro Único de Exigências para a Transferência Voluntarias). Em dezembro de 2016, o Tribunal Regional Federal da 3º região publicou decisão retirando o nome do município da lista, possibilitando que pudesse retomar o contrato com o BID.

As principais frentes da obra, prevista na Lei Complementar 161/2010, são a revitalização da Rua 14 de Julho, habitação para a área central - abrangendo habitação mista, ou seja, moradia e comércio, além de outro projeto ainda em estudo de viabilidade e que a prefeitura ainda não divulgou mais detalhes. A Orla Morena, Praça Ary Coelho, Estação Ferroviária e a revitalização do Mercado Municipal são alguns exemplos de investimentos previstos.

Para tanto, foi realizado um empréstimo junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) de US$ 56 milhões. Inicialmente realizado com projeto irregular, o prefeito Alcides Bernal (PP) precisou submeter o pedido à Câmara Municipal, gerando diversas críticas. Ainda assim, conforme a assessoria da instituição, o crédito foi liberado com um prazo de amortização de 25 anos, com um período de graça de cinco anos e meio, e taxa de juros baseada na LIBOR. O contrato já foi negociado com o BID.

O projeto prevê obras de pavimentação e drenagem retirada da faixa de estacionamento para o alargamento de calçadas, padronização das calçadas com tratamento de piso e acessibilidade, inserção de arborização urbana, implantação de fiação subterrânea, retirada do trânsito de passagem, melhoria da iluminação pública, implantação do tempo para pedestres nos cruzamentos semaforizados, ampliação das calçadas nas esquinas e implantação de mobiliário urbano padronizado.

A obra também tem a intenção de melhorar a região que apresenta degradação da paisagem com a consequente desvalorização dos imóveis, poluição visual e sonora em decorrência da infraestrutura antiga e precária que não oferece segurança para pedestres e ciclistas e é inadequada para a acessibilidade. O projeto tem como objetivo transformar a região central em um local seguro e confortável, que priorize a circulação de pedestres e organize a circulação de veículos.