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Campo Grande

10/02/2018 09:30

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Ex-moradores de favela continuam enfrentando caos no bairro Aquários

A população revela que deixou a favela do bairro Oliveira III e hoje encara problemas semelhantes da antiga região

Uma série de problemas ‘tira o sono’ e gera caos aos moradores do bairro Aquários, em Campo Grande. Poeira, lama, falta de iluminação pública, falta de rede de esgoto e onda de assaltos assustam e entristecem aqueles que foram removidos da favela Oliveira, em 2009, com a promessa de um futuro melhor.

Para o construtor Aldo Lopes Cardoso, 40 anos, a população foi completamente esquecida pelo poder público. “Aqui nenhum morador precisa falar nada, é só andar por aqui para perceber o caos, ver a situação complicada que vivemos. Saímos da favela Oliveira em 2009, fomos removidos para a região, mas continuamos enfrentando diversos problemas. Aqui é muita poeira quando está sol, um rio se forma nas ruas quando chove, não temos rede de esgoto, pagamos pela iluminação pública que é precária”.

                                                             

Aldo destaca que os moradores já se reuniram e procuraram a prefeitura da Capital para solicitar providências, mas nenhuma resposta foi concedida. “Eles se calam, não falam nada. Pedimos a troca de lâmpadas, mas não adianta. O escuro colabora com os assaltantes, que procuram um local assim para agir. Muitos moradores já foram alvos de bandidos, de noite é melhor nem sair de casa, porque as ruas ficam em um breu só”.

Confirmando as reclamações do vizinho, Aroldo Firmo, 50 anos, destaca que a polícia só é vista na região quando ocorre algum crime. “Ver polícia aqui, é ter a certeza de que aconteceu alguma coisa. Eles não passam de forma nenhuma aqui na região. Aqui é uma bagunça terrível, principalmente durante os finais de semana. Policial tem que vir disfarçado aqui que pega tudo. Não dá nem para andar nas ruas, junta molecada com droga aqui, que dá até medo de passar”.

O frentista confirma que muitos vizinhos já foram alvos de bandidos. “A maioria das casas aqui perto da minha já foram assaltadas. A minha, graças a Deus, não foi, mas do vizinho da frente foi, do pessoal ali debaixo foi, de várias pessoas aqui na região já foram invadidas. O pessoal sai para trabalhar e, quando volta, a casa está limpa, sem nada de móveis”.

Agenor Andrade da Silva, 52 anos, confirma que já foi assaltado ao caminhar no período da manhã no bairro Aquários. “Eu fui comprar pão de manhã, quando estava voltando, dois moleques em uma moto me abordaram, me xingaram e levaram dinheiro. Eles queriam meu celular, mas eu não tinha levado. Eles levaram R$ 100 da minha carteira”.

O TopMídiaNews entrou em contato da prefeitura relatando os problemas levantados pela população, mas até o fechamento desta matéria, nenhuma resposta foi encaminhada.

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