Ao que tudo indica, 'as crianças devem deixar para ficar doente apenas no período noturno', já que falta atendimento com essa especialidade na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Moreninhas. O TopMídiaNews encontrou alguns pacientes a espera de atendimento, mas quando o questionamento é o atendimento pediátrico, funcionários informam que apenas no período da noite tem profissional atuando na área.

Pedro Caio de Moraes, 28 anos, disse que chegou no local no período da manhã, para acompanhar a esposa, que estaria fazendo uso de medicamentos na unidade e destaca que o atendimento foi rápido, mas quando procura atendimento para criança, precisa se deslocar da região.

"Não tem pediatra aqui faz muito tempo. O atendimento para minha esposa foi rápido, ela está tomando medicamentos lá dentro, mas se precisar de atendimento para criança aqui, pode esquecer, nunca tem. Eles falam que tem a noite, você chega a noite com a criança doente e pode sentar, porque em pé cansa de tanto que tem que esperar, porque fica muito cheio e o atendimento é demorado demais", diz o rapaz.

Questionado sobre mudanças com a administração de Marquinhos Trad (PSD), o rapaz afirma que já não acredita em melhorias. "Não acreditamos em mais ninguém não, todo mundo fala que vai melhorar, mas quando precisamos do atendimento é sempre igual".

Normalmente, os pacientes que procuram atendimento para crianças no UPA Moreninha são orientados a procurar atendimento no UPA Universitário, que fica mais próximo da região.Porém, nenhum pediatra estava atendendo no local no período da manhã e de acordo com funcionários, apenas quatro clínicos estavam de plantão na unidade.

De acordo com o SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), apenas o UPA Coronel Antonino e Leblon estão com pediatras de plantão para atender a população de Campo Grande.

O TopMídiaNews esteve na UPA Vila Almeida e constatou a interdição do local, devido a um alagamento. Os pacientes que procuram atendimento no local são orientados a procurar uma outra unidade de saúde. Josias Alves de Mota, 60 anos, foi até o local em busca de remédios, mas foi orientado a procurar outro local.

"Eu fui no médico particular, peguei a receita e vim até o posto tentar pegar o remédio, mas chegando aqui me disseram que a unidade está interditada e não tem prazo para voltar a funcionar. Tive que ir na farmácia comprar o remédio", explica Josias.

O secretário de saúde nega o fechamento do local e destaca que a unidade está funcionando com equipe mínima. "Ela não foi fechada, mas houve uma situação de tempestade naquela região de Campo Grande e a estrutura já tem problema há muitos anos. Interditamos porque estavam energizadas as paredes, a água invadiu e o telhado. Tinha fezes de pombo. Enfim, está sendo feita a limpeza, já acionamos a Seintrha uee vai dar uma olhada, fazer alguns reparados para o atendimento não parar. Ela está com a equipe mínima, não parou de funcionar. Vamos tentar nessas próximas duas, três semanas voltar com a equipe normal. É uma readequação a situação de emergência de uma chuva, de uma tempestade que aconteceu lá".