A família do jovem Wesner Moreira da Silva, agredido no dia 3 de fevereiro em um lava-jato no bairro Morumbi, convoca a população para participar de um protesto no dia 30 de outubro, às 13h30, na frente do Fórum de Campo Grande. Eles clamam por justiça diante da morte do rapaz e criticam as alegações dos acusados, Thiago Giovani Demarco Sena, 20 anos, e Willian Henrique Larrea, 31 anos, que tentam se defender dizendo que a atitude fazia parte de uma brincadeira.
O manifesto será realizado na tentativa de pressionar a Justiça para decretar a prisão dos acusados, que continuam em liberdade. Uma audiência foi realizada no mês passado, onde testemunhas de acusação foram ouvidas pela Justiça. Os acusados participaram da audiência, mas não prestaram depoimento.
A mãe de Wesner, Marisilva Moreira, foi a primeira a ser ouvida e ficou por 30 minutos prestando depoimento sobre o ocorrido. Três primos e o irmão da vítima também prestaram depoimento, reforçando que, antes de morrer, o rapaz garantiu que não se tratava de uma brincadeira.
O técnico de enfermagem Maurício França, que foi o primeiro a prestar atendimento ao jovem no posto de saúde do bairro Tiradentes, também foi ouvido reforçando as acusações. A assistente social Tania Mara Alencar da unidade de saúde também prestou depoimento.
O caso
A denúncia sobre o crime foi feita pelo primo de Wesner, no dia 3 de fevereiro. Na delegacia, o primo afirmou que o adolescente brincava com os colegas de trabalho, quando um dos homens agarrou a vítima e o dono do estabelecimento inseriu a mangueira no ânus do garoto.
Wesner teve hemorragia grave e, ao dar entrada na Santa Casa da Capital, sofreu uma parada cardiorrespiratória no dia 14 de fevereiro. De acordo com a assessoria de imprensa do hospital, Wesner ficou internado por 11 dias e morreu às 13h35 do dia 14, após os médicos tentarem reanimá-lo por 45 minutos.
