Um protesto está sendo realizado no centro de Campo Grande pela Associação de Erros Médicos de Mato Grosso do Sul, com objetivo de chamar a atenção da população para o assunto. O presidente da Associação, Valdemar de Moraes afirmou ao TopMídiaNews que muitas crianças perderam a vida nas unidades de saúde de Campo Grande e outras sofreram graves sequelas.
“Estamos fazendo essa passeata pedindo misericórdia, saúde digna para o povo de Campo Grande até porque esse ano perdemos crianças nos postos, que vieram a óbito por falta de atendimento. Essa criança que participa da passeata com os pais no carrinho, o juiz já deferiu que essa criança precisa fazer cirurgia de urgência, fizeram procedimento na virilha e a médica errou. O juiz determinou, mas o hospital do convênio dela não cumpre, programaram cirurgia, mas o hospital particular não faz depósito. O casal que carrega uma faixa na passeata, a criança passou do dia de nascer, houve negligência médica para retirar a criança, o Ministério Público Estadual já se manifestou sobre o caso. A situação no Estado é complicada”, explica o presidente.
De acordo com Valdemar, 800 pessoas foram convidadas para participar da passeata, que deixou a sede da Associação na Avenida Rui Barbosa, trafega pela Rua Dom Aqui, Calógeras e conclui a caminhada na Avenida Afonso Pena, dando continuidade ao protesto na praça Ary Coelho.
“Convidamos 800 pessoas, mas infelizmente esse trabalho sério que fazemos e não comparecem. Se preocupam com dinheiro e não com saúde. Queremos chamar atenção, não importa a quantidade de pessoas, através dessa passeata pacífica”, diz Valdemar.
Ele destaca ainda, que não teve o apoio da prefeitura da Capital para realizar o protesto pelas ruas da cidade, mas ganhou autorização do governador Reinaldo Azambuja (PSDB). “A prefeitura negou a passeata, mesmo que a Constituição Federal legalize a passeata. O Estado disponibilizou policiais para poiar, agradeço ao Estado. O prefeito Marquinhos Trad negou, ele achou que era baderna para perturbar a população, mas o trabalho da associação não é esse”.