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Mãe denuncia que filha ficou quase sete horas dentro hospital sem alimentação

Descaso: equipe demorou para coletar exame

18 fevereiro 2018 - 18h19Por Celso Bejarano

Indignada. Essa foi a palavra encontrada por Alessandra Machado, mãe de uma menina 1 ano, que deu entrada neste domingo (18), no Prontomed, na Santa Casa, em Campo Grande. A mãe alega que hospital tratou criança com descaso ao não oferecer alimentação e demorar para realizar exame. A criança ficou quase sete horas no local sem comer nada, mesmo com prescrição médica. 

Alessandra conta que levou a filha até ao hospital depois que percebeu que a criança apresentava tosse e febre. "Fiquei preocupada e procurei levá-la logo para o hospital", conta. 

Assim que passou pela triagem e pelo médico pediatra foi que os problemas ocorreram. "De início ocorreu tudo certo, o médico pediu coleta de sangue e um exame de urina. No entanto, no exame de urina é que começou o problema. As enfermeiras colocaram um coletor de urina por baixo da frauda, só não colocaram direito, e o resultado foi que encheu a frauda, menos o coletor", relata. 

A mãe conta que chamou a enfermeira para ver o que havia acontecido, mas ninguém tomava providência. "Aguardei que alguém viesse, mas ninguém veio. Foi quando depois de um certo tempo, conversei com o médico e ele imediatamente foi até a sala de enfermagem e chamou atenção das enfermeiras dizendo 'por quanto tempo a criança teria que ficar no local para fazer uma coleta de urina'. Quando cheguei no local era por volta das 8h30 e nessa altura já era 12h30". 

As enfermeiras novamente fizeram o mesmo procedimento. "Mas antes, ela disseram que tinha apertado a minha filha no colo e por isso, a coleta havia saído do local. Só que eu disse que a minha filha havia dormido e não teria acontecido isso". E novamente foi feito o mesmo procedimento, mas sem sucesso. 

O problema foi aumentando, uma vez, que já estava na hora do almoço. "A minha filha já estava enjoada, chorando e ficou pior depois que outras crianças receberam o almoço e ela não. Ela começou a apontar e fui perguntar porque não tinha vindo nada para ela. Só me disseram que eu deveria falar com a enfermeira responsável. Fui lá, mas nada foi feito. Foi chegando o lanche da tarde e minha filha naquela situação", conta. 

Por fim, após as enfermeiras tentarem coletar a urina por meio de um acesso, foi que a criança naturalmente urinou, que conseguiram colher a urina. "Tive que esperar por mais uma hora e meia até o exame ficasse pronto, nesse período procurei a enfermeira, disse que a minha comia e nada da alimentação chegar. Foi quando procurei o médico, isso já no final, que ele me disse e me mostrou que havia receitado dieta leve para a criança. Tive a impressão que a equipe, após ter sido chamada a atenção, fizeram isso com a minha filha". 

A mãe relata que chegou a reclamar no balcão, mas ninguém soube dar informação necessária. "Meu marido abriu um procedimento na ouvidoria do Hospital pela internet, e vamos também, formular por escrito, uma reclamação junto ao plano de saúde da minha filha, a Unimed, relatando o acontecido. Além de tomar outras medidas necessárias. É um absurdo você ficar desassistida dentro de um hospital, em que você está pagando e não receber um atendimento adequado e vendo a sua filha pedir as coisas e passar fome sem necessidade", finaliza.