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Campo Grande

13/11/2017 16:41

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Mais de 8% da população adulta de Campo Grande possui diabetes

Número pode ser ainda maior porque mais da metade dos portadores não sabem que tem a doença

Ao menos 8,8% da população adulta de Campo Grande tem diabetes, segundo dados do sistema de vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico (Vigitel) do Ministério da Saúde, coletados em 2016, por meio de inquérito telefônico. O número pode ser ainda maior porque mais da metade dos portadores não sabem que tem a doença. Durante todo o ano, diversas campanhas educativas de conscientização e prevenção, porém estas atividades são intensificadas no Dia Mundial do Diabetes comemorado em 14 de novembro.

A data foi escolhida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para chamar a atenção da sociedade para o crescimento no número de diagnósticos da doença na população e o tema da campanha deste ano é: “Mulheres e Diabetes: nosso direito a um futuro saudável”. No Brasil, 9,9% das mulheres adultas são portadoras de diabetes, enquanto que nos homens é 7,8%, segundo números do Vigitel.

Por isso, as unidades básicas da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) de Campo Grande aproveitam a data para intensificar as campanhas educativas e realizar ações de mobilização, conscientização e prevenção.

Para esta terça-feira (14) as seguintes unidades preparam atividades em alusão a data:

UBSF Nova Esperança – palestra educativa aos pacientes que estiverem na recepção da unidade, das 7h às 8h;
UBSF Aero Rancho – apresentação de teatro e avaliação do pé diabético, às 7h30;
UBSF Nova Lima – palestra de prevenção e controle do diabetes aos pacientes do Hiperdia, às 7h;
UBS Estrela do Sul – atividade educativa com o grupo de hipertensos e diabéticos, avaliação do pé diabético, glicemia capilar e aferição de pressão arterial, às 7h, no Centro Comunitário Campo Novo;
UBSF Jardim Seminário – roda de conversa e orientações aos pacientes da sala de espera, às 7h;
UBSF Marabá – ação de controle e cuidados com diabetes com palestra e orientações aos pacientes diabéticos da unidade, às 7h.

Números

Os dados do Vigitel foram coletados em 2016, por meio de entrevistas telefônicas em amostras da população adulta (18 anos ou mais) residente em domicílios com linha de telefone fixo.

A gerente técnica e coordenadora do Programa Municipal de Prevenção e Controle de Pacientes com Diabetes, Joana D’Arc Oliveira, explica que este número pode ser ainda maior. “A metade dos portadores da doença podem não saber que tem diabetes. Diante disso, é importante realizar o rastreamento de Diabetes e Pré-diabetes em todos os pacientes com fatores de risco, pois a demora no diagnóstico favorece o aparecimento de complicações”, ponderou.

Na Sesau, existem 22.270 pacientes cadastrados e em acompanhamento para tratamento de diabetes nas 67 unidades básicas de saúde.

Diabetes

Diabetes é uma doença crônica na qual o corpo não produz insulina ou não consegue empregar adequadamente a insulina que produz. Mas o que é insulina? É um hormônio que controla a quantidade de glicose no sangue. O corpo precisa desse hormônio para utilizar a glicose, que obtemos por meio dos alimentos, como fonte de energia.

Quando a pessoa tem diabetes e não a controla, o nível de glicose no sangue fica alto – a famosa hiperglicemia. E se esse quadro permanecer por longos períodos, poderá haver danos em órgãos, vasos sanguíneos e nervos.

Fatores de risco para o desenvolvimento do diabetes tipo 2:

Diagnóstico de pré-diabetes

Diminuição da tolerância à glicose ou glicose de jejum alterada;
Pressão alta;
Colesterol alto ou alterações na taxa de triglicérides no sangue;
Está acima do peso, principalmente se a gordura estiver concentrada em volta da cintura;
Tem pai, mãe ou irmão com diabetes;
Tem alguma outra condição de saúde que pode estar associada ao diabetes, como a doença renal crônica;
Teve bebê com peso superior a quatro quilos ou teve diabetes gestacional;
Tem síndrome de ovários policísticos;
Teve diagnóstico de alguns distúrbios psiquiátricos, como esquizofrenia, depressão, transtorno bipolar;
Tem apneia do sono;
Recebeu prescrição de medicamentos da classe dos glicocorticoides.

Fique atento!

Se você apresenta os fatores de risco acima ou tem sintomas como: urinar excessivamente, inclusive acordar várias vezes a noite para urinar; sede excessiva; aumento do apetite; perda de peso – Em pessoas obesas a perda de peso ocorre mesmo estando comendo de maneira excessiva; cansaço; vista embaçada ou turvação visual; infecções frequentes, sendo as mais comuns, as infecções de pele, procure atendimento em uma UBS/UBSF para consultar e realizar exames periodicamente, pois quanto mais cedo você tiver o diagnóstico, mais rápido poderá agir para continuar saudável, agora e no futuro.

Programa Municipal de Prevenção e Controle de Pacientes com Diabetes
Os portadores de diabetes mellitus insulino-dependentes e que estejam cadastrados no cartão SUS ou no Programa Municipal de Prevenção e Controle de Pacientes com Diabetes recebem as tiras reagentes de medida de glicemia capilar fornecidos pela SESAU. A prescrição para o automonitoramento é feita a critério da Equipe de Saúde responsável pelo acompanhamento do usuário.

Na Capital, 1743 pacientes utilizam o automonitoramento de glicemia para promover o autocuidado. Cada usuário recebe a quantidade de tiras conforme a necessidade para as medições pelo período de um mês. Do total, 619 utilizam até 60 tiras por mês, enquanto que 1134 precisam de uma quantidade maior do produto.

Os pacientes que utilizam até 60 tiras por mês retiram o material na unidade de saúde mais próxima da residência. Enquanto que os demais são atendidos no Serviço de Referência em Diabetes (Seredi), localizado no Centro Médico de Especialidades. Já as crianças são atendidas no Centro de Especialidade Infantil (CEI).

Todos os pacientes que necessitam do automonitoramento de glicemia e que são atendidos nas unidades básicas de saúde precisam participar do Programa de Hipertensão e Diabetes (Hiperdia) para terem direito às tiras. Está é uma condição para promover uma melhor qualidade de vida ao usuário.

A medição periódica da glicemia nestes pacientes é importante par verificar se há episódios de hipo (baixa) ou hiper (alta) glicemia. Desta forma, ele pode ajustar a alimentação e a medicação, que nestes casos é a insulina de ação rápida, e ainda promove o autocuidado

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