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Campo Grande

Marquinhos afirma que vai pagar salários, mas ‘quitar aos poucos’ acertos da Omep/Seleta

Prefeito discutiu proposta junto ao TRT, após sindicato ajuizar ação para cobrar pagamentos que equivalem a R$ 25 milhões

08 agosto 2017 - 17h22Por Amanda Amaral

Cobrado por cerca de 2.500 funcionários da Omep (Organização Mundial pela Educação Pré-Escolar) e Seleta (Sociedade Caritativa e Humanitária), o prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD), deu como imediato o prazo para depositar seus salários. Contudo, o pagamento das verbas rescisórias dos então terceirizados deve ser parcelado. No total, essa verba chega a R$ 25 milhões.

O anúncio foi feito após reunião entre Trad e o desembargador João de Deus Gomes de Souza, presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 24ª Região (TRT-MS), Procuradoria-Geral do Município e uma comissão formada por trabalhadores. O motivo do não pagamento integral se deve, segundo o prefeito, a falta de caixa da prefeitura da Capital.

“A prefeitura hoje não dispõe desse valor para pagar à vista. O que nos propomos é pagar o salário do mês trabalhado à vista e para aqueles que trabalharam dez, doze dias, a gente já daria um pouco da parcela da rescisão para que todos saiam com uma quantia razoável de dinheiro que caiba nos cofres do Município. Aí o restante, dependendo da arrecadação do Município, a gente vai quitando”, declarou.

Nessa segunda-feira (7), o Senalba-MS (Sindicato dos Empregados em Entidades Culturais, Recreativas, de Assistência Social, de Orientação e Formação Profissional de Mato Grosso do Sul) entrou com uma ação coletiva na 7ª Vara do Trabalho de Campo Grande pedindo a liberação de guias para o seguro desemprego e saque do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), além do recebimento integral das verbas rescisórias. O convênio da Prefeitura com as terceirizadas foi extinto no dia 28 de julho, por decisão judicial.

Protesto

Na noite de ontem (7), um grupo de mulheres demitidas da Omep e Seleta passaram a noite acampadas em frente à Prefeitura Municipal em forma de protesto pelo atraso no pagamento das verbas rescisórias e de acertos trabalhistas. Segundo elas, muitas estão com contas atrasadas, enfrentando dificuldades e até passando necessidades.