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NOTA PREMIADA
Campo Grande

Marquinhos diz que apoia livre concorrência, mas deve apertar cerco contra Uber

Criticado por clientes da empresa, prefeito eleito afirma que vai regulamentar o serviço

10 dezembro 2016 - 07h00Por Amanda Amaral

Eleito prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD) já se posicionou sobre uma polêmica que se estende há pouco mais de dois meses, desde que o serviço de transporte Uber chegou à cidade. Apesar de ter alegado anteriormente cobrar medidas duras para impor limites aos motoristas, o que refletiu negativamente entre os usuários do aplicativo – que garante corridas até 50% mais baratas que o táxi comum – Trad foi menos avesso à ideia em nova declaração.

Em uma rede social, publicou que não é contra a iniciativa, mas reiterou que deve cobrar medidas para ‘garantir a segurança do usuário’. Como a questão da regulamentação ou não do serviço ainda não deve ser decidida em 2016, caberá ao então prefeito discutir o assunto, que segue não resolvido em diversas cidades pelo país. Leia, abaixo, a publicação:

“Amigos e amigas, não sou contra a UBER, pelo contrário sou a favor de qualquer iniciativa empreendedora que gere emprego, renda e dá livre concorrência, porém concorrência com igualdade de condições entre prestadores de serviço e que tenha uma regulamentação para garantir segurança aos usuários e que ganhe o mercado quem oferecer melhores preços e mais qualidade. Agora, não abrimos mão de garantir a segurança e os direitos iguais. Bom final de semana para todos!”

Multas

O atual prefeito, Alcides Bernal (PP), demonstrou ofensiva contra a atividade. Há alguns dias, motoristas que trabalham para a Uber relatam terem sido multados, e alguns vídeos demonstrando a ação de agentes da Agetran (Agência Municipal de Transporte) foram compartilhados nas redes sociais. Receosos, alguns motoristas até mesmo decidiram parar por alguns dias de aceitar novas corridas para evitar transtornos.

“O pessoal está com medo. Por isso que as corridas ficam mais caras, também, porque está tendo pouca gente na rua trabalhando, aumenta a tarifa. Fica muito ruim pra gente e para o cliente porque a gente depende disso e eles também”, reclama motorista de 27 anos que preferiu não ser identificado, está há um mês na atividade e tem ela como única fonte de renda. Ele explica que o preço da corrida fica maior porque a Uber calcula o valor a partir da demanda de usuários e carros disponíveis.

Procurada pela reportagem do TopMídiaNews, a Agetran afirmou, por meio de assessoria, que não está multando motoristas. Conforme a agência, o que está sendo feita é uma fiscalização rotineira e que, se abordar um motorista da Uber, o agente apenas o notifica para a irregularidade da atividade. Essa notificação não foi detalhada e, ainda segundo o órgão, não há nenhuma ação sendo discutida para regulamentar o serviço.