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Mascates aterrorizam mulheres na Capital e ameaçam de morte quem não vende produtos

Casos aconteceram em vários bairros e vítimas estão com medo de ação de 'mineiros'

17 outubro 2017 - 09h30Por Liziane Berrocal
Mascates aterrorizam mulheres na Capital e ameaçam de morte quem não vende produtos

Três homens, que seriam oriundos de Minas Gerais, têm aterrorizado moradoras da Capital. Segundo as denúncias, que são feitas nas redes sociais, eles chegam nas casas e oferecem roupas, calçados e batons para revender, dizendo que voltarão depois de um determinado prazo para fazer o acerto.

O problema é que quando voltam, caso a pessoa não aceite ficar com tudo que eles deixam, os “mascates”, como são conhecidos, agem com agressividade e ameaçam até mesmo agredir e matar as vítimas. Os homens agem em um carro Voyage prata ou em um carro vermelho.

“Eles chegam no começo bem-educados, deixam os kits, avisam da comissão, que pode devolver. Levam na conversa. Mas quando voltam para receber vem em três pessoas diferentes e a história muda. Quando falei que não tinha vendido tudo, que estava vendendo ainda, começaram a me ameaçar e ameaçaram meu filho”, conta a moradora do Jardim Colibri.

Com medo, ela avisou que ia chamar a polícia. “Chamei, ele começou a falar que ia dar um tiro na minha cara quando foi para o carro e eu chamei a polícia. Foi um escândalo. Fiquei muito nervosa”.

Apesar disso, a viatura policial não foi até a casa da moradora. “Fui até a delegacia e fiz um boletim de ocorrência”.

Para juntar mais vítimas, ela fez uma postagem nas redes sociais e, com isso, várias outras mulheres relataram que passaram e estão passando pelo mesmo problema. “Eles gritam, são agressivos e ameaçam”, conta uma moradora na região da Coophavila.

Agora, um grupo foi criado para juntar as vítimas dos mascates que andam em carros diferentes. “Também chamei a polícia, porque ele ameaçou minha filha, fez um escândalo”.

O grupo também passou na Vila Nasser. “Eles ficam oferecendo as coisas. Eu nunca mais na minha vida pego nada para vender. Eu fiquei com medo, querem que a gente pague a dívida dos outros e os produtos não são de qualidade. Estou com o coração na mão porque eles falaram que iam voltar. Mas como vou ficar trancada dentro de casa? Eles ameaçam, não tem educação e, quando você começa a falar, começam as ameaças”.

“Vem um dentro do carro e os outros ficam lá atrás. E ele me chamou de vagabunda, eu fiquei muito nervosa”, disse ela que é cabeleireira e foi convencida a deixar os produtos a venda no salão dela.

Algumas vítimas fizeram boletim de ocorrência, porém os nomes não serão divulgados para segurança de todas.