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Campo Grande

13/11/2016 07:00

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Médicos alegam calote do IMPCG e cancelam consultas de pacientes na Capital

Profissional não recebe há quatro meses e por isso dispensa demanda do instituto

Pacientes conveniados ao IMPCG (Instituto de Previdência Municipal de Campo Grande) tiveram consultas médicas desmarcadas por conta da falta de pagamento do instituto há, pelo menos, quatro meses. Uma idosa de 60 anos, que já sofreu por não ter exames feitos em um posto de saúde por falta de tubete, agora padece com a consulta de um neurologista cancelada. 

O TopMídiaNews apurou que, em uma clínica de ortopedia e neurologia, na Rua Cândido Mariano, no centro da Capital, somente na última semana, foram 15 cancelamentos de consulta. A especialidade de neurologia, segundo os pacientes, é cara e difícil de ser encontrada em  Campo Grande, e quando acha acaba não tendo o atendimento.

‘’Vê se pode uma coisa dessas. O usuário tem o convênio, mas não pode usá-lo’’, reclama a jornalista Fabíola Camilo, 32, filha de Maria José Magalhães Camilo, 60. Ela lembra que a mãe já viveu uma verdadeira saga em busca de atendimento quando foi fazer exame de sangue no posto de saúde do Coophavila, no dia 20 de outubro, mas foi informada de que não havia tubete no local e em nenhum outro. Ainda teve a informação que não havia previsão de chegada do material.

A mulher, segundo a filha, continuou com dores e sem ter um diagnóstico adequado. A família então procurou o hospital do Pênfigo e, na ocasião, teve problemas com a carteira da idosa, que só foi atendida pelo SUS.

‘’A consulta seria amanhã... Acontece que a secretária me ligou agora cedo desmarcando... Sabe o motivo? Eles estão sem pagamento há quatro meses’’, desabafou Fabíola.

A assessoria da Prefeitura foi avisada sobre o caso na segunda-feira (8). A reportagem entrou em contato por seis vezes mas, mesmo assim, não obteve resposta. O diretor-presidente do IMPCG, Ricardo Ballock, não atendeu aos telefonemas.

Problema antigo

O secretário de Finanças, Planejamento e Controle de Campo Grande, Disney Fernandes, disse, em meados de outubro, que há tempos existe déficit no setor previdenciário e chegou a dizer que o comparativo orçamentário da previdência é ‘desastroso’. A diferença entre o que se arrecada e o que se gasta é de R$ 10 milhões, valor que tem que ser pago pelo tesouro municipal para que os aposentados não fiquem sem salário.

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