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Campo Grande

Moradores convivem com escuridão e motel a céu aberto no Jardim Morumbi

População denuncia carros parados nas ruas escuras, com motoristas fazendo o uso de entorpecentes e utilizando as ruas como motel

23 dezembro 2017 - 18h10Por Dany Nascimento

Basta caminhar pelas ruas do bairro Jardim Morumbi, em Campo Grande, para constatar o caos que os moradores enfrentam diariamente na região.  Muitos entulhos são descartados no local que, segundo os moradores, devido à falta de iluminação pública, vira ‘motel a céu aberto’.

Eduardo Benício, 40 anos, possui comércio há 12 anos na região e relata que é frequente o número de pessoas descartando lixo, durante dia e noite. “Aqui eles não respeitam ninguém, chegam com carro carregado e descartam mesmo. Nem tentamos falar nada porque só da rolo, é assim, a região está esquecida”.

Conforme Eduardo, durante a noite a situação piora. “A noite é pior ainda, quase não temos iluminação, é uma escuridão grande. As pessoas se aproveitam porque está escuro para invadir casas, fazem as ruas de motel a céu aberto, roubam. É complicada a situação”.

Assim como Benício, Maicon Ávila Ortiz, 28 anos, destaca que presencia o descarte de lixo e, por medo de confusão, prefere apenas observar a falta de consciência dos moradores. “Se você vai falar, está errado, então eu fico olhando. Direto chega carro carregado de coisa velha para descarte. É assim mesmo, os terrenos baldios e as ruas são alvos”.

Alzeni de Souza Santos, 34 anos, que reside na região há 10 anos, afirmou ao TopMídiaNews que escuta gemidos na região. “Eu já escutei gemidos, é uma vergonha, o que falamos para as crianças? As pessoas não têm capacidade de ir para um motel, elas ficam pelas ruas deixando os moradores sem saída. Drogas rolam e nós, como moradores, temos que ficar trancados dentro de casa porque dá até medo de sair”.

A moradora destaca ainda que já tentou conversar com um homem que descartava lixo na região, porém, acabou ouvindo palavras de baixo calão. “Eu fui falar, pedir para ele ter consciência, mas não adiantou nada. Ele me xingou de tudo quanto é nome e mandou eu ficar na minha. Até pensei em acionar a polícia, mas como ele já estava terminando, a polícia ia chegar e não ia adiantar nada”. 

Outro lado

Em contato com a prefeitura, a assessoria informou que o processo de licitação para contratar empresa para atuar na manutenção da iluminação pública está em andamento. “Enquanto o certame não é concluído, o trabalho é feito conforme a demanda gerada pelo aplicativo ‘Fala, Campo Grande'  e por meio do telefone 156. A  demanda da Rua  Lázaro Alves (citada na matéria) está na programação".