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Campo Grande

08/08/2017 13:22

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Moradores reclamam de caos e são ameaçados por grupo de 'pipeiros' no Paulo Coelho Machado

Eles relatam que um festival de pipas é realizado aos domingos na região e casas acabam sendo invadidas e roubadas

Os moradores do bairro Paulo Coelho Machado estão indignados com o caos que um grupo de ‘pipeiros’ vem causando, durante os domingos na região. Conforme os moradores, milhares de pessoas se reúnem no estacionamento do Jockey Club (local conhecido por realizar corridas de cavalos), no período da tarde, para um torneio e acabam entrando nas residências sem a autorização dos moradores.

Eliane da Motta, 54 anos, que reside no local há três anos, afirmou ao TopMídiaNews que o grupo utiliza cerol (material feito com vidro e cola) nas linhas para realizar as famosas guerrinhas de pipas e ela teve o cabo da rede de Wi-Fi cortado por uma das linhas. “Eles não respeitam, não adianta falar que não pode entrar, que eles entram nas casas mesmo sem permissão. O fio da minha rede de Wi-Fi foi cortado, eles quebram telhas, eles entram mesmo para pegar as pipas e nós, moradores, saímos no prejuízo”.

Segundo Eliane, ela teria negado a entrada ao grupo e sofreu ameaças. “A gente diz que não e eles falam 'então tá', 'depois a gente vem' e fazem um limpa na sua casa. Eles não respeitam os moradores. São marmanjos correndo atrás de pipas, marmanjos que aproveitam essa desculpa para entrar nas casas ver o que tem, voltar depois e roubar. Não podemos sair de casa porque se sair, eles roubam. Uma casa de esquina, que fiz bem de frente para o Jockey, que é de um senhor que não fica em casa porque ele e a esposa trabalham, eles roubaram na segunda-feira, depois voltaram a roubar a casa na quinta-feira, isso é um absurdo”.

A população relata que se sente refém de delinquentes dentro da própria casa. Sônia Portela, 53 anos, que mora na região do Paulo Coelho desde o ano de 2007, explicou que chegou a acionar a polícia no último domingo (6), mas nada foi feito. “Eles só faltam subir no carro da polícia. Os policiais estavam em quatro pessoas e chegaram ali, onde tinha milhares de pessoas, eles são apenas quatro, não conseguem fazer nada. Eles foram ali, ficaram um pouco e pronto, nada foi feito”.

                                                         

Sônia ressalta que, entre as pessoas soltando pipa, existem indivíduos armados, que acabam iniciando brigas no meio da multidão. “Tem muita gente armada, já teve briga porque um que não gosta do outro e vem aqui brigar, do nada sai todo mundo correndo. Isso aqui está um absurdo, os moradores não têm paz dentro de casa, tem que ficar preso dentro da casa para não chegar e ver que tudo foi levado”.

Indignado com o tumulto, Wilson Neves Guimarães, 49 anos, conta que pintou o muro da casa para tentar vender o imóvel, mas após o evento de pipas no domingo, percebeu que só gastou dinheiro à toa. “Eu pintei o muro porque quero vender a casa, mas quando fui ver, está todo manchado com marcas do pé dessa molecada. Eles invadem as casas e, se a gente fizer algo, somos errados. Eu ainda não vi nenhum, mas deixa eu ver eles entrando”.

'Pipeiros' sobem até nos telhados

Mais de 20 pipas caíram dentro da casa de uma moradora de 30 anos, que não quis se identificar. Ela relata  que se deparou com um ex-presidiário em cima do telhado de sua residência. “Eu vi que tinha alguém no telhado e, quando fui ver, eu reconheci que tinha visto ele na televisão porque tinha sido preso há alguns meses. Tem mais de vinte pipas dentro da minha casa, toda hora cai uma, toda hora tem gente correndo no telhado, tentando pular o muro e isso não está certo, queremos providências”.

Ana Paula de Souza destaca que a algazarra vem sendo realizada semanalmente há mais de um mês. “Tem mais de um mês que eles estão fazendo isso. Eles combinam pelo Facebook e aqui você encontra gente de tudo quanto é jeito. Na rua, os carros não conseguem passar, porque eles se apossam das ruas como se fossem donos. Antes, tinha um encontro de motos ali, mas a polícia veio e fez parar. Agora esse povo soltando pipa, causando transtornos aqui”.

TopMídiaNews entrou em contato com a prefeitura de Campo Grande, para saber o que pode ser feito na região para ajudar os moradores e recebemos a informação de que a assessoria de comunicação do Paço Municipal vai entrar em contato com a Sesde (Secretaria Municipal de Segurança Pública) e uma resposta será enviada para a redação. 

          

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