Insatisfeitos com o decreto que regulamentou o serviço de caronas pagas, motoristas que trabalham pela empresa Uber anunciaram que vão recorrer judicialmente contra a decisão da prefeitura. Eles reclamam de ação autoritária, através de decreto publicado na véspera do feriadão de Carnaval.

Segundo Wellington Dias da Silva, presidente da Associação dos Motoristas de Aplicativo de Mobilidade Urbana, a categoria está se mobilizando e recolhendo assinaturas para ingressar com um mandado de segurança contra o município. Ele destaca que são mais de 1 mil motoristas cadastrados na Uber e as limitações prejudicam toda a população.

Participando de coletiva de imprensa com o prefeito Marquinhos Trad (PSD), Silva ainda afirma que pretende conversar com o gestor já que é de interesse de todos manter o serviço, que é considerado uma forma de renda extra para muitas famílias, com boa qualidade e preço acessível. A coletiva é realizada no Paço Municipal, na manhã desta segunda-feira (27).

O decreto

O decreto foi publicado na edição extra do Diogrande (Diário Oficial de Campo Grande), na última sexta-feira (24). Entre as medidas anunciadas, a prefeitura definiu que irá liberar 490 alvarás aos motoristas, únicos que poderão atuar sem o estigma de ‘pirata’.

A partir de agora, a prefeitura deve se reunir com representantes das empresas que oferecem os aplicativos de carona remunerada e definir critérios de distribuição das autorizações e também decidir sobre jornada de trabalho, exigência de escritório próprio na cidade, impostos a ser pagos e a fiscalização desse novo modelo de transporte individual.