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Campo Grande

08/01/2018 13:07

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Motoristas Uber preparam ato contra tarifas: 'está inviável trabalhar', diz associação

Empresa é principal alvo e deve ser pressionada a reduzir cobrança dos parceiros de 25% para 20%

Uma das associações que representa motoristas de aplicativos de mobilidade urbana em Campo Grande organiza novo ato para cobrar das empresas a redução no valor das tarifas. O principal alvo é a Uber, que deverá ser pressionada a reduzir de 25% para 20% o valor do desconto por corrida do parceiro.

A manifestação está marcada para o próximo sábado (13), inicialmente às 15 horas. Os parceiros associados da Applique-MS  (Associação dos Parceiros em Aplicativos de Transporte de Passageiros e Motoristas Autônomos de Mato Grosso do Sul) vão se reunir e desligar o aplicativo da Uber, a fim de reduzir o lucro da empresa e chamar a atenção para as reivindicações.

''A Uber chegou em setembro de 2016 e, desde então, não deu reajuste para os motoristas. Está inviável dirigir pela empresa. Nossos motoristas estão trocando seis por meia dúzia'', diz o presidente da Applique-MS, Paulo César Pinheiro.

Além da redução do desconto do motorista, de 25% para 20%, condutores pedem o aumento da taxa de partida, de R$ 2,50 para R$ 3,00, elevar o preço do quilômetro rodado de R$ 1,10 para R$ 1,25  e R$ 0,15 para R$ 0,25 cada minuto da viagem.

O dirigente alega que os preços dos combustíveis subiram várias vezes, além de impostos e o custo com manutenção dos carros.

''Muitos [parceiros] alugam carro, porque fica inviável trabalhar com carro próprio'', explica. Além disso, Pinheiro reclama que plano de internet, peças, água e chocolate ficam por só conta do motorista.

Dirigente da AMU alega desconhecer protesto da Applique-MS. (Foto: André de Abreu)

Críticas

No entanto, outra associação que representa motoristas de aplicativos diz que não foi chamada para conversar. Conforme o dirigente da AMU (Associação de Motoristas da Uber), Wellington Dias, o ideal é primeiro abrir diálogo com a empresa, depois, não resolvendo o problema, aí sim fazer o protesto.

''Podemos discutir redução de tarifa, mas não concordamos em onerar o usuário. Se isso acontecer, estamos fora'', avisou Dias.

Outro ponto destacado por Wellington é a chegada da 99 POP em Campo Grande, que abriu a concorrência e pode forçar outras empresas a reduzirem as tarifas.

''Antes só tinha a Uber. Iríamos protestar como?'', questionou. Ele acrescenta que o mais recente aplicativo cobra tarifas menores e há a possibilidade de pelo menos outras duas empresas virem para a Capital.  

Mais reclamações

Outra crítica de Paulo Pinheiro à Uber é quanto aos critérios de avaliação. A chamada 'nota de corte' da empresa deveria baixar de 4,7 estrelas para, pelo menos 3 estrelas, aponta o presidente.

''Queríamos que a Uber fosse mais flexível. Quem estivesse abaixo de 3 estrelas, aí sim poderia ser excluído. Com 4,7 estrelas você  'tá no fio da meada' para ser excluído. Isso é covardia'', desabafa.   

Ainda conforme Pinheiro, a adesão de motoristas ao protesto deve ser maior do que o realizado no último dia 3, quando 200 profissionais ficaram 'off-line' pela Uber.

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