A Secretaria Municipal de Educação (Semed) realiza na quinta (10) e sexta-feira (11) uma formação inédita aos profissionais da Rede Municipal de Ensino (Reme). O trabalho tem a proposta de orientar professores, diretores e coordenadores pedagógicos sobre como detectar sinais de depressão em jovens e crianças e desta forma agir no sentido de auxiliar o aluno a superar o problema.

Os dois dias de capacitação acontecerão no Centro de Formação da Semed, das 8 horas às 11h30 e das 13h30 às 16h30. O curso será ministrado pelo capelão Edilson do Reis, teólogo, especialista em dependência química, pós-graduado em saúde mental e capitão do Corpo de Bombeiros de Campo Grande.

De acordo com a superintendente de Gestão e Normas da Semed, Alelis Izabel de Oliveira Gomes, é importante estar atento ao comportamento dos alunos, por isso a ideia de fornecer subsídios aos profissionais da Reme que trabalham diariamente nas escolas.

“Os sinais que permeiam essa questão são ainda desconhecidos pela maioria dos educadores e das famílias, por isso é necessário aprofundar os estudos sobre esse tema, de forma a ampliar o conhecimento, já que em muitos casos a depressão pode levar o jovem a cometer alguma ação contra sua vida. Os educadores fazem parte do universo dos adolescentes pela maior parte do dia e podem desempenhar um papel fundamental em suas vidas”, disse a superintendente.

A ideia da capacitação também é promover um debate sobre depressão e suicídio, divulgando o tema e alertando os profissionais sobre a importância de sua discussão.

Antecipação

A Semed, desde o ano passado, se mantém atenta às questões que afetam o universo dos jovens e crianças, buscando promover ações de orientação para profissionais e comunidade escolar.

Prova disso foi quando vieram à tona os jogos virtuais “Baleia Azul” e “Fadas de Fogo”, que motivavam a automutilação entre os adolescentes. Na ocasião, a Semed se antecipou e fez  recomendação aos diretores e coordenadores pedagógicos das escolas de Ensino Fundamental da Reme, para que conversassem com os pais dos alunos, fazendo um alerta sobre a questão.

Também foi elaborado um documento, que foi enviado aos diretores, ressaltando a necessidade da atenção nas mudanças radicais de comportamento, comunicando os familiares sobre as alterações e, se for o caso, o Conselho Tutelar e órgãos de assistência social.