A+ A-

sexta, 19 de abril de 2024

sexta, 19 de abril de 2024

Entre em nosso grupo

2

Campo Grande

20/04/2018 11:00

A+ A-

Reitoria da UFMS é ocupada por alunos em protesto a fechamento de curso

Estudantes pedem para ter uma conversa com o reitor da universidade, Marcelo Augusto Santos Turine

A reitoria da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) está sendo ocupada desde o início da manhã desta sexta-feira (20), por um grupo de estudantes que protestam contra o fechamento do curso superior de Educação do Campo.

Os estudantes estão acampados no pátio da reitoria e reivindicam a reabertura do processo seletivo para a entrada de novos alunos no curso de licenciatura em Educação do Campo. Eles pedem para ter uma conversa com o reitor da universidade, Marcelo Augusto Santos Turine.

“Estamos há muito tempo tentando falar com o Turine, mas ainda não conseguimos. Querem que a gente converse com o pró-reitor, mas já fizemos isso e não adiantou. O curso abriu em 2014 e até agora só teve duas turmas, queremos que tenha a terceira. A faculdade alega falta de recursos e ainda disse que que a Educação no campo sai mais caro do que o curso de medicina para a universidade.  A maioria dos alunos são do interior do Estado, eu por exemplo, moro em um assentamento na cidade de Sidrolândia e percebo a necessidade dessa formação. Onde eu moro existem pelo menos quatro escolas, só no mesmo assentamento. Somos trabalhadores do campo e queremos que nossa população seja capacitada para dar aulas para essas crianças”, disse a manifestante Regina Modesto.

Além dos cerca de 150 alunos que fazem o curso, o protesto também teve apoio de estudantes de outras áreas, além de pessoas do MST (Movimento Sem Terra). Jucelma Melo de 52 anos também mora no campo e destaca a necessidade do curso para as pessoas que dependem da terra para sobreviver.

“O curso é uma oportunidade para quem vive nessas áreas. Queremos que moradores de assentamento adquirem conhecimento para levar o estudo para nosso território. Acredito que o que dificulta é ver o pobre, a pessoa do assentamento estudando. Querem nossos filhos nos semáforos pedindo esmo”, desabafou.


Com microfone, som e gritos de protesto, os alunos aguardam manter um diálogo com o reitor e garantem ficarem no local até que isso aconteça.

 

Veja os vídeos:

 

 

 

Carregando Comentários...

Veja também

Ver Mais notícias