O Hospital do Trauma em Campo Grande está com parte da obra paralisada e agora depende de aval da Vigilância Sanitária. A construção, que deveria ser entregue em junho deste ano, precisou ser readequada, visto que inicialmente seria uma maternidade.
Segundo o hospital, ''acharam uma série de coisas que não vão dar certo''. Entre elas estão ambientes que foram construídos aquém do tamanho necessário e que atrapalharia o fluxo de pessoas, conforme a Santa Casa, que é gestora da obra.
Entre as inadequações, estão vestiários pequenos e salas que faltavam mesas para manipulação de medicamentos.
Ainda segundo o hospital, quem percebeu o erro foram os próprios técnicos contratados pela Santa Casa. Eles teriam questionado a Vigilância Sanitária se, daquela forma, conseguiriam o alvará de funcionamento e tiveram a resposta de que não.
''É melhor atrasar um pouco do que fazer novamente. Essa obra é importante, já que tem recursos da esfera estadual, municipal e federal', explicou a entidade.
O projeto foi alterado e, agora, segundo a Santa Casa, já foi repassado para o órgão sanitário que precisa aprovar as modificações. Não há data para isso, mas conforme a assessoria, não deve demorar muito. ''Acreditamos que eles devem sentar com técnicos nossos para discutir esses detalhes''.
No entanto, observou o hospital, as obras não estão totalmente paralisadas e continuam nos ambientes que não precisaram sofrer alterações. A entidade garante que alguns ambientes já tem ar-condicionado e banheiros com acabamento.
(Hospital que seria maternidade está há 25 anos aguardando conclusão - Foto: TopMidiaNews)
Demora
O Hospital do Trauma deverá ter 120 leitos. A obra começou há mais de 20 anos e, inicialmente, seria uma maternidade. Até agora, R$ 14,4 milhões foram investidos na obra e mais R$12 milhões na compra de equipamentos.
Segundo a Prefeitura de Campo Grande, a construção da Unidade do Trauma da Santa Casa contou com investimento inicial de R$ 8,4 milhões, sendo que - R$ 3,2 milhões são do município, R$ 2,5 milhões são do Ministério da Saúde e R$ 1,6 milhão do Governo do Estado, além de R$ 890 mil da Associação Beneficente de Campo Grande, administradora da Santa Casa e do Hospital do Trauma.
A reportagem não conseguiu contato com a Vigilância Sanitária em Campo Grande.