Servidores da chamada ‘referência 14’, que inclui psicólogos, fisioterapeutas e outros profissionais da saúde que atuam na rede pública, estão em frente à prefeitura de Campo Grande em protesto pelo reajuste da categoria. Um projeto chegou a ser enviado para a Câmara Municipal antes do recesso, mas foi retirado de pauta por falta de acordo.
Para o presidente do Sisem (Sindicato dos Servidores Campo Grande), Marcos Tabosa, o prefeito Marquinhos Trad (PSD) prolonga as negociações por mais de 40 dias, com o que ele classifica de “propostas esdrúxulas”. Ele afirma que o prefeito ofereceu para a categoria carga horária de 30 horas semanais, mas quer dividir o turno com três horas de manhã e três à tarde.
Tabosa ainda alega que a proposta contempla apenas 227 servidores dos 886 que pertencem à referência 14. Segundo ele, Marquinhos excluiu as pessoas que tem plantão, que tem função de confiança ou outro benefício, o que não teria acontecido quando foi enviado o projeto de aumento salarial dos médicos e enfermeiros.
“A categoria está reivindicando a mesma coisa. Não somos contra o que ele deu para os enfermeiros ou para os médicos, queremos que eles recebam ainda mais, mas também queremos ser tratados iguais. Como é que um pai trata dois filhos diferentes?”, questiona.
Ainda conforme o sindicato, o prefeito ofereceu incorporar R$ 483 do abono de R$ 752 e parcelar o restante do valor em diversas vezes. Para Tabosa, “isso não existe” porque a proposta teria que ser cumprida em outro governo.
O protesto começou por volta das 11h e vai até às 13h, quando termina o horário de almoço dos servidores. Eles escolheram esse horário para não prejudicar o atendimento à população. Nova reunião com o prefeito está prevista para amanhã (3), às 16h, no Paço Municipal. Se a categoria não conseguir um acordo, promete acampar em frente à prefeitura e, depois, outros lugares públicos.