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Terceirizados alegam coação no trabalho e Câmara promete pressão em Omep/Seleta

Contratados denunciam que trabalham no limite e que sofrem coação no local de trabalho

07 abril 2017 - 19h00Por Rodson Willyams
Terceirizados alegam coação no trabalho e Câmara promete pressão em Omep/Seleta

Os vereadores da Câmara Municipal aguardam posicionamento da prefeitura, sobre quais medidas está tomando sobre os funcionários que trabalham na Omep/Seleta. Um requerimento do vereador Valdir Gomes, do PP, foi aprovado pela Casa de Leis, mas até o momento, nenhuma resposta foi encaminhada pela prefeitura. 

No pedido, o parlamentar solicitou informações para que fosse encaminhado uma relação de todos os trabalhadores contratados via Omep e Seleta, que prestaram serviço para o município, contendo nome, CPF, data de contratação, salário e local em que o trabalhador prestou serviço. 

Além disso, ainda solicitou cópia do contrato entre os convênios firmados pela prefeitura e seus aditivos e informações sobre despesas. Gomes ainda pediu que a prefeitura informasse sobre a destinação dos R$ 30 milhões aprovado pela Câmara, por meio da Lei de n° 5.750/16, cuja foi aprovada para atender as despesas referentes aos prestadores de serviços nas escolas e Ceinfs, durante o período de setembro a dezembro de 2016. 

A reportagem entrou em contato com o parlamentar para saber se já havia recebido algumas resposta. Ao Portal, Valdir Gomes disse que após diversas reclamações dos terceirizados, foi pessoalmente conversar com a secretária municipal de Educação, Ilza Matheus, responsável pela dissolução dos convênios, para tentar saber, sobre quais providências o município está tomando sobre a Omep/Seleta. 

"A secretária me disse que está fazendo um levantamento para identificar quem que é quem, mas já avisou que todos serão demitidos ao final do prazo do convênio. No entanto, parece que a prefeitura vai absorver algumas pessoas, mas ela não informou como e quais serão os critérios. Apenas, que estão estudando uma forma", explicou.

O vereador afirmou que tem recebido muitas reclamações por partes dos funcionários e afirma que muitos estão desestimulados. "Eles sabem que vão ser mandados embora, sei que tem pessoas que acabaram ficando desestimuladas por isto. Outras já estão até procurando emprego e outras cansaram e pediram para sair. Há também, aqueles que estão a espera de uma definição sobre essa possibilidade de reaproveitamento. Mas o que posso dizer, é que quem saiu, recebeu a rescisão certinho. Pelo que a secretária me falou também, parece que o prefeito está fazendo o levantamento para quando for mandar todos embora, pagar a rescisão. E o Ministério Público Estadual está acompanhando de perto essa situação".

Coação

Semana passada, o TopMídiaNews, recebeu denúncias dos terceirizados, que afirmam estar trabalhando no limite e sendo coagidos pelos diretores. Com a aproximação do término do convênio funcionários contratados denunciam que estão sendo pressionados a trabalharem, além do horário normal, ou mesmo com atestado ou férias, para serem indicados pelos diretores quando abrir um novo processo de seleção. Além disso, afirma que recebem ameaças diariamente. 

Por fim, apesar de não haver uma confirmação, a prefeitura estuda criar um novo convênio, semelhante ao existente, para tentar absolver partes destes funcionários, uma vez, que os mesmos desempenham diversas funções na prefeitura, principalmente, nos Ceinfs como recreadoras.