Após a publicação da denúncia de que uma paciente em tratamento de quimioterapia do Hospital Regional de Mato Grosso do Sul teria o “ciclo” interrompido por falta de medicamentos, Arcelia Perdomo Fonseca recebeu um telefonema solicitando que ela retorne ao Hospital nesta terça-feira para receber a nova dose, e assim o clico não ser interrompido. 

Em caso de interrupção do medicamento, o paciente em quimioterapia precisa iniciar um novo ciclo, ou seja, mesmo que faltem apenas duas sessões, como é o caso de dona Arcelia, o medicamento precisa ser novamente refeito nas doses recomendadas. 

Ela descobriu o câncer de intestino há um ano, e também está na fila da cirurgia para a reversão de colostomia, já que segundo a filha da paciente, Silvia Perdomo, desde agosto a família espera um grampo específico para a cirurgia, que não tem no hospital. 

 “Estou indo na Ouvidoria desde agosto, me falam que  não há um grampo para fazer cirurgia de reversão de colostomia e não conseguem, ficam me jogando de um lado para o outro”, reclama. 

Medicamentos 

Conforme a matéria publicada pelo TopMídiaNews, a família aponta que os profissionais também fazem reclamações. “Não tem material, os próprios profissionais reclamam que os materiais estão de baixa qualidade. Falei que precisava de um papel falando que não tem o material, não me deram, não auxiliam, não apontam alguma forma de solução para nós. Até marquei particular com o médico, para ver se conseguiria pagar as duas sessões faltantes, dividido em várias vezes”, afirmou. 

Além disso, segundo a paciente, apesar dos esforços dos médicos e da equipe de enfermagem, o local cada dia fica mais precário para atendimento. “Deixam os pacientes sem nenhum tipo de conforto, fazendo a quimioterapia, que é um procedimento muito desgastante para quem está tratando e para a família, tem dias que há 50 pessoas na sala da quimioterapia e não tem ar-condicionado funcionando na sala”, reclama. 
O governo não se posicionou em relação a falta do grampo para o procedimento cirúrgico.