O secretário de Administração e Desburocratização, Carlos Alberto Assis, afirmou que o impasse entre os servidores da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros junto ao Governo do Estado deve terminar na próxima quarta-feira (30). Assis negou que haja ameaça de aquartelamento por parte dos militares e afirmou que fato seria apenas para 'tumultuar diálogo'.
"Falar em aquartelamento é querer tumultuar uma conversar de um diálogo franco e aberto que está havendo entre a ACS (Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar e Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul) e os policiais militares", comentou.
Assis informou que esteve na última sexta-feira (18) com o presidente da ACS, Edmar Soares da Silva e que não havia nenhuma ameaça de aquartelamento. "Estive com o Edmar na sexta-feira e não sei da onde que saiu isso. A Polícia Militar não pode fazer isso", lembrou.
E emendou dizendo que a atual administração estadual destravou cinco mil promoções que estavam paradas em governos anteriores. "O quinquênios todos pagos, os cursos para promoções estão sendo realizados e o compromisso que tínhamos com a Polícia Militar foi realizado, além dos 2,94 de índice de reajuste que foi pedidos por eles".
O secretário ainda afirmou que os compromissos do Governo do Estado foram pacificados. "Na quarta-feira vamos liquidar com a PM o compromisso que temos", finalizou.
Aquartelamento
Policiais e Bombeiros de Mato Grosso do Sul rejeitaram, na última sexta-feira (18), a contraproposta de reajuste salarial do Governo do Estado. Conforme a associação que representa a classe, o reajuste do salário para soldado passaria a 5,49%.
Conforme a ACS, o poder executivo propôs aumento de 0,40% no salário de cabos e soldados em relação ao do coronel, e de 0,20% de subtenentes e sargentos. Seguindo o modelo, reajuste do soldado passaria a 5,49%, do cabo 5,01%, terceiro-sargento 3,82%, segundo-sargento 3,69%, primeiro-sargento 3,55%, e subtenente 3,48%.
Conforme a associação que representa apenas os praças, o salário dos oficiais segue o padrão oferecido aos demais servidores, que é de 2,94%, porém, somente para recebimento em outubro.
O presidente da entidade, Edmar Soares da Silva, esteve reunido com a equipe de governo, especificamente com o secretário de Administração e Desburocratização, Carlos Alberto Assis, e logo após apresentou a contraproposta aos associados, que, segundo ele, foi rejeitada - prontamente - e por unanimidade. Silva diz que a categoria não está satisfeita com o que foi proposto, principalmente porque foi concedido reajuste maior, de 7%, para a Polícia Civil.
“Foi o próprio Governo que criou esse mal-estar na tropa ao tratar de maneira diferenciada policiais civis e militares”, resumiu Edmar. Agora, segundo o dirigente, a contraproposta da categoria, que é de 7%, a mesma dos policiais civis, será levada ao Executivo e o resultado da nova reunião a ser discutida na terça-feira, às 17h, novamente na sede da ACS.