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Internada em estado grave, bebê espancada ficará aos cuidados de tia

Ela passou por cirurgia no intestino e quadro ainda inspira cuidados; mãe é principal suspeita das agressões

19 outubro 2017 - 09h26Por Liziane Berrocal
Internada em estado grave, bebê espancada ficará aos cuidados de tia

A bebê de dois anos que teve o intestino perfurado e traumatismo craniano após sofrer agressões permanece internada em estado grave no Hospital Universitário na Capital. A suspeita é que a mãe, uma adolescente de 16 anos, tenha agredido a menina. O caso aconteceu em Coxim, distante 266 quilômetros de Campo Grande.

Segundo as informações de uma tia da criança, que está responsável por ela agora, o quadro ainda é grave, mas estável. “Mas os médicos me deram esperança de que há chances de que ela pode se recuperar. Temos que esperar pelo menos uma semana, para não ter piora”, contou.

O caso chocou a cidade turística pela brutalidade. A criança teve fraturas e as pancadas foram tão fortes que perfuraram o intestino e causaram um coagulo no cérebro. A menina foi levada passando mal para o Hospital Regional de Coxim, mas devido a gravidade do caso, foi transferida para a Santa Casa de Campo Grande, onde foram feitas duas cirurgias, sendo uma para não perder a visão e outra no intestino.

No entanto, necessitando com urgência de um leito de UTI Pediátrica, foi feita a transferência para o Hospital Universitário, onde permanece internada. O laudo médico atual é de estabilidade, porém o estado inspira cuidados.

Contradições

Na delegacia de Coxim, onde o caso é investigado, a mãe da criança afirmou que ela caiu ao escorregar em um tapete e depois passou mal. Ela também insinuou que o marido da avó da criança poderia ter cometido abuso sexual, pois fazia brincadeiras “sem graça” de “pegar na pepequinha do vovô”.

A família rebateu a adolescente e mostrou um laudo médico que afirma que ela “inventa isso para desviar o foco”.

Laudo desmente abuso sexual

O laudo assinado por uma médica pediatra diz que a criança chegou ao hospital com manchas roxas nos olhos, com pupilas alteradas (pelo estado de semiconsciência), manchas e escoriações pelo corpo e coluna, além de lesão no intestino e também traumatismo craniano.

“Minha sobrinha vai ter que passar por uma cirurgia no cérebro, está em estado gravíssimo e ainda a polícia quer que a gente prove mais o quê? É revoltante porque fizemos várias denúncias ao Conselho Tutelar de Coxim e teve que a polícia e o Conselho Tutelar da Capital agirem”, reclamou.

De acordo com a denúncia da tia, a jovem sempre falava que “não ia dar nada”, o que acabou revoltando ainda mais. “Mandamos e-mail, fotos, fizemos denúncia. Ela falava que não ia dar nada. Deu, olha onde a minha sobrinha está”.

Suspeitas

A Polícia Civil está investigando o que aconteceu e ouvindo todos os envolvidos. E, segundo a delegada responsável pelo caso, Sandra Regina Simão de Brito, toda a família é suspeita de ter participado do espancamento da criança.

A adolescente tem outra criança de quatro meses e o Conselho Tutelar de Campo Grande já solicitou o afastamento dela dos dois filhos, porém ela ainda continua com o bebê. 

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