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Cidades

há 6 anos

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Caso Silveira: Advogados reafirmam foco em busca pela punição máxima a assassinos

Frente a frente com envolvidos, filhos de ex-vereador e esposa acompanharam 1ª audiência sobre o crime

Foram ouvidas as primeiras testemunhas na primeira audiência sobre a morte do ex-vereador Cristóvão Silveira, 65, e sua esposa, Fátima Silveira, 56, em julho deste ano. A denúncia do Ministério Público Estadual (MPE-MS) foi levada ao juiz Wilson Leite Corrêa, da 4ª Vara Criminal de Campo Grande e, nesta segunda-feira (23), apenas os policiais envolvidos na reconstituição do crime prestaram depoimentos.

Para os advogados da família assistentes de acusação, as características do assassinato não deixam dúvidas quanto à gravidade do caso. “Esse foi um crime bárbaro, que chocou toda a sociedade, com total motivação patrimonial, materialista, os assassinos foram cruéis e puniram o casal pelo ódio. Merece a reprimenda de mais alto valor no Código Penal”, comentou o advogado Fábio Trad Filho, acompanhado da advogada Luciana Abou Ghattas.

Estiveram presentes também os réus, Rivelino Nunes Mangelo, 45 anos, e os filhos Rogério Nunes Mangelo, 19, e Alberto Nunes Mangelo. Rivaldo Nunes Mangelo, outro possível envolvido, está foragido e a prisão preventiva dele também foi pedida à Justiça.

Advogado de Alberto, Conrado de Souza Passos, alega que os demais envolvidos tentaram incriminar seu cliente, ‘escondendo’ objetos em sua casa, sem seu conhecimento. O réu não foi apontado como participante do latrocínio mas responde em liberdade por receptação e favorecimento pessoal, pois ficou com uma televisão das vítimas e deu apoio aos demais envolvidos.

Na mesma sala, junto aos advogados, permaneceram os filhos do casal, Filipi e Henrique Diniz Silveira. Os familiares preferiram não fazer declarações à imprensa e devem ser ouvidos em próxima audiência, assim como demais testemunhas, no dia 28 de outubro.

Além das condenações com penas de prisão, o Promotor de Justiça Clóvis Amauri Smaniotto também pediu que seja fixado valor mínimo para reparação dos danos materiais e morais, causados pela infração às vítimas. ''E, se for o caso, para os fins do art.43 C.C. 45, §1º, ambos do Código Penal (prestação pecuniária), seja fixado valor em dinheiro às vítimas e/ou a seus dependentes, da importância de 1 a 360 salários mínimos''.

A pena, se forem condenados conforme a denúncia, pode ser de 40 anos de prisão para os envolvidos no latrocínio e 1 ano e 1 mês de prisão para Alberto Rivelino, acusado de receptação e favorecimento pessoal. 

Ainda segundo o Ministério Público, Diogo André dos Santos Almeida, 19, também participou do crime de roubo seguido de morte contra o casal, mas morreu em confronto com a polícia, em Corumbá, quando ocupava o veículo roubado das vítimas.

O caso

Cristóvão e Fátima foram mortos a facadas no dia 18 de julho, na chácara onde viviam, localizada na MS-080, saída para Rocheado. O crime extremamente violento também tem indícios de estupro contra Fátima, em ação premeditada por Rivelino, que era caseiro do local e conhecia bem a família.

Conforme o delegado Fábio Peró, responsável pelas investigações, o crime estava sendo premeditado por Rivelino há cerca de uma semana antes do fato. Desde o início a intenção era matar o ex-vereador e a mulher e, depois, vender a caminhonete do casal.

Segundo o mentor do crime, ele resolveu matar os patrões porque era constantemente maltratado e humilhado pelo ex-vereador.

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