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Com problema raro no coração, criança precisa de remoção urgente para SP

Pedido foi feito na Defensoria Pública, mas demora na decisão pode custar a vida de Vitor

21 setembro 2017 - 09h30Por Liziane Berrocal
Com problema raro no coração, criança precisa de remoção urgente para SP

Com apenas dois anos e nove meses, Vitor Gustavo já enfrenta desafios de gente grande. Ele nasceu com uma grave cardiopatia e agora necessita de transferência urgente para São Paulo, onde é possível fazer um tratamento cirúrgico para que ele sobreviva. Ele mora em Nova Alvorada do Sul, distante 100 quilômetros da Capital.

A mãe dele, Clarice, conta o drama da doença descoberta quando ele tinha um ano e sete meses. “Fui ao médico hematologista investigar uma alteração nos leucócitos sem causa aparente. Foi quando desconfiaram da cardiopatia. Me desesperei e pagamos uma consulta particular. Durante um exame de ecocardiograma, o cardiopediatra descobriu que se tratava sim de uma cardiopatia complexa e rara”, conta.

A saga de Vitor deu início aí. Com “truncus arterioso tipo II”, ele veio transferido para a Santa Casa de Campo Grande. “Foram dez dias de exames e mais exames com uma equipe muito boa, que explicou que não havia suporte para realizar a cirurgia por ser muito complexa e rara e nos deram o encaminhamento para a Santa Casa de Belo Horizonte”, narra a mãe sobre a ida do menino para Minas Gerais.

“Fomos muito felizes achando que finalmente o problema seria resolvido, mas lá também foram dez dias de internação e mais exames. Foi muito duro para mim, porque depois disso me disseram para aproveitar o tempo com ele, pois a relação risco versus benefício da cirurgia não compensava, mas que mãe desiste de um filho?”, questiona.

Clarice conseguiu outro relatório e, dessa vez, entrou na Defensoria Pública e agora aguarda um parecer urgente. “Ele precisa ser levado, pois se tiver outra crise de hipóxia pode custar a vida dele. Na Defensoria de Nova Alvorada já avisaram que o defensor volta só na segunda, nossa tentativa agora é um mandado de segurança”.

Já em Campo Grande, a Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul informou que está redigindo a petição e já deve entrar com o pedido na Justiça.

* Matéria atualizada às 15h29 para acréscimo da resposta da Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul.