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Cidades

Com saída de cubanos, aldeias de MS serão prejudicadas com falta de médicos

Ao todo, serão perdidos 114 profissionais no Estado

23 novembro 2018 - 16h55Por Kerolyn Araújo

A saída dos cubanos do programa Mais Médicos vai tirar 11 profissionais que atendem nas aldeias indígenas de Mato Grosso do Sul. 

Atualmente, 301 médicos cubanos atendem em aldeias indígenas distribuídas em 18 estados do país. Em Mato Grosso do Sul, os 11 os cubanos atendem aldeias nas cidades de Amambai, Antônio João, Aquidauana, Corumbá, Nioaque, Paranhos e Tacuru.

Dos 18 estados, Amazonas é o que mais contém médicos cubanos atendendo em aldeias, com o total de 78 profissionais, seguido de Mato Grosso com 35 médicos; Roraima e Pará com 36 em cada um.
Mato Grosso do Sul conta com 114 médicos que atendem pelo SUS (Sistema Único de Saúde) por meio do programa. Com a saída dos cubanos, mais de 45 municípios do Estado serão afetados. 

O governo de Cuba decidiu abandonar o programa após declarações do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) afirmando que pretende modificar a política externa de Cuba. Por regra do país, parte do salário dos médicos que atuam em outros países fica com o governo. Médicos cubanos agem dessa forma em ao menos 67 países. Para Bolsonaro, isso representa o que ele classificou de trabalho análogo à escravatura. Cuba não aceitou a condição e pediu que seus médicos voltassem para a casa.