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Cidades

02/10/2017 16:15

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Em enquete, 73% diz ser contra policiais ou agentes armados em festas fora do serviço

Após crime cometido por agente penitenciário em show, população teme pelo mau uso deste instrumento de trabalho

Para a maior parte dos campo-grandenses, o porte de armas em eventos ou festas por agentes ou policiais que não estão a serviço deveria ser proibido. Ao menos é o que aponta a enquete da semana do TopMídiaNews, que pegou gancho em caso ocorrido em setembro em Campo Grande e questionou qual é a opinião dos leitores.

O resultado mostrou que 73% dos participantes é contra a livre circulação destes profissionais com armas nestes locais se não estiverem em horário de trabalho. Para 27%, o porte a eles deveria ser livre em qualquer situação.

O temor deve-se ao fato de que o porte dessas armas pode não ter a eficácia de promover segurança, já que os trabalhadores estão em folga e podem fazer uso de bebidas alcoólicas, por exemplo. Em pesquisa rápida na internet, é possível identificar dezenas de casos onde o armamento nessas circunstâncias acabou em brigas ou mortes.

Último caso

No dia 23 de setembro, o agente penitenciário Joseilton de Souza Cardoso, 37 anos, foi acusado de matar o pedreiro Adilson Ferreira dos Santos, 22 anos, com um tiro no tórax na noite do último sábado (23), em um show sertanejo. A vítima foi socorrida pelo Corpo de Bombeiros, mas morreu próximo à escada de acesso ao camarote, que aconteceu no estacionamento do Shopping Bosque dos Ipês, na saída para Cuiabá.

Em seu depoimento para a polícia, o agente alegou que foi armado para o show da dupla Henrique e Juliano, pois vários colegas sofrem ameaças de facções criminosas e quatro de seus companheiros de profissão foram assassinados por presidiários.

Um primo da vítima diz que Joseildo estava passando mal próximo ao banheiro e Adilson tentou ajudá-lo, o segurando pela cintura. O agente penitenciário então teria então empurrado o pedreiro, que revidou com outro empurrão. A partir daí, Joseilton teria sacado a arma e atirado.

Para a polícia, o agente penitenciário alegou que deu apenas um tiro “por memória muscular”, reação para a qual foi treinado, “tão somente para afastar os agressores, e que não teve intenção de matar”. No entanto, testemunhas alegam que ele não chegou a se identificar como autoridade policial e que teria dito que era do FBI.

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