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Cidades

21/07/2018 15:15

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Em oito anos, leishmaniose já matou 114 em MS; conheça os sintomas e saiba como se prevenir

Média de mortes no período foi de 14 por ano

Em menos de oito anos, a leishmaniose visceral já matou 114 pessoas em Mato Grosso do Sul, média de 14 por ano. Embora o número de óbitos tenha caído 30% desde 2013, a prevenção é o melhor caminho já que a doença tem evolução crônica.
 
Em 2018, até agora duas pessoas foram vítimas da zoonose em MS, conforme dados dos boletins epidemiológicos da Secretaria Estadual de Saúde. O primeiro caso foi com um morador de 57 anos, em Dourados. A vítima contraiu a doença no dia 2 de fevereiro e no dia 4 morreu. Ele chegou a ser internado no Hospital da Vida e no Universitário.
 
A segunda morte foi em Campo Grande. O maquiador Josimar Pereira morreu no dia 3 de julho, um mês após a internação em um hospital particular da Capital. Aliás, Campo Grande concentra cerca de 40% dos casos registrados no estado. O pico de registros da doença e de mortes ocorreu em 2012 e 2013, com 13 e 12 mortes respectivamente.

Maquiador foi a mais recente vítima da doença em Campo Grande. (Foto: Reprodução - Facebook)

Em março de 2017, um bebê em Corumbá contraiu a doença duas vezes. Ele foi tratado e os cães contaminados tiveram de ser sacrificados pelo serviço de saúde local.

Em Mato Grosso do Sul, foram descobertos 330 casos em 2012 contra 101 em 2016, o que mostra redução de cerca de um terço no número de casos. Nesse período, as mortes caíram de 20 naquele ano para seis em 2016. Todos os registros da doença devem ser reportados para a gerência de Saúde do estado.
 
O que é
 
A Leishmaniose é uma doença crônica causada pela picada do mosquito-palha que transmite o parasita Leishmania. Existem três tipos da doença, mas a visceral é a mais comum no estado e a mais grave. A zoonose atinge órgãos como o baço e o fígado e consequentemente o sistema imunológico.
 
A doença causada pelo parasita se origina em animais, principalmente o cachorro. O mosquito então pica o cão e depois contamina o ser humano.
 
Na leishmaniose visceral, os sintomas costumam aparecer depois de seis meses da infecção, são eles:

Perda de peso, fraqueza, tosse, febre, aumento do fígado, diminuição da produção de células vermelhas do sangue, hemorragia, infecções, suor noturno, queda de cabelo e pele escamosa e ou pálida.

Limpeza de terrenos é melhor forma de prevenção à doença. (Foto: René Carneiro)

Prevenção

O melhor jeito de prevenir a doença é manter os quintais limpos para não atrair os mosquitos. As fêmeas costumam colocar seus ovos em lugares ricos em matéria orgânica, por exemplo onde exista uma fruta pode ou restos de comida. Proteger portas e janelas com telas e uso de inseticidas são boas indicações.

Nos cães, existe vacina contra a doença e também coleiras que repelem ação dos mosquitos. Vale destacar que o mosquito-palha, ao contrário do Aedes Aegypti, transmissor da dengue, prefere lugares úmidos e sujos. O mosquito tem hábitos noturnos e sua ação começa logo no final do entardecer.

Tratamento

Na leishmaniose visceral,  médicos recomendam medicamentos a base de antimônio, como o antimoniato de meglumina e estibogluconato de sódio, que servem para curar mais rapidamente as lesões.

A boa notícia é que com diagnóstico precoce e tratamento adequado é possível se curar da doença.

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