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Cidades

27/07/2017 09:23

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Estudantes fazem manifestação contra fechamento do Centro de Línguas na Capital

A concentração ocorre em frente à escola localizada na Avenida Tiradentes esquina com a Duque de Caxias, em Campo Grande

Estudantes e professores do CEL (Centro Estadual de Línguas) Professor Fernando Peralta Filho realizam, na manhã desta quinta-feira (27), um protesto contra o fechamento da instituição. A concentração ocorre em frente à escola localizada na Avenida Tiradentes esquina com a Duque de Caxias, em Campo Grande, e outra manifestação está programada para as 18h30.

Professores e estudantes alegam que foram surpreendidos com a decisão da SED (Secretaria de Estado de Educação) pelo fechamento do local, que oferece cursos gratuitos de Alemão, Espanhol, Francês, Inglês, Italiano e Libras, direcionados a estudantes do Ensino Médio, professores da rede pública de ensino e, havendo vagas, à comunidade em geral.

Waldir Peliccioni Junior, professor de Inglês da instituição, conta que muitos profissionais estavam de férias quando a SED anunciou a decisão, inclusive, ficaram sabendo que ficariam sem emprego pela imprensa. “A escola é muito importante para a população porque ela oferece línguas consideradas exóticas, que não são encontradas na rede pública”, destaca.

Waldir leciona aulas de Inglês no CEL desde a inauguração da escola - Foto: André de Abreu

Segundo Waldir, que leciona no CEL desde sua inauguração, em 2013, a secretária Maria Cecília Amêndola dificulta o diálogo, pois não permitiu a entrada dos estudantes e professores na coletiva de imprensa realizada ontem (26) para os jornalistas. Ela teria recebido o grupo posteriormente, mas apenas para reafirmar o fechamento.

Para tentar reverter a situação, o grupo tenta uma reunião com o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) e com a vice, Rose Modesto (PSDB). De acordo com a professora de Inglês, Claudia Layol, a escola oferecia seis módulos, com duração estimada de 1 ano e meio. O fechamento ocorreu durante a transição para cursos semestrais, com aulas de 1h40min.


Grupo usa cartazes e apitos para chamar a atenção de motoristas - Foto: André de Abreu

Mateus de Souza, 19 anos, lamentou o fechamento. Ele conta que começou a estudar espanhol no CEL em 2013, mas precisou interromper os estudos por um período e voltou em 2016 para finalizar o curso. A notícia caiu como um ‘balde de água fria’ já que ele tinha planos também de aprender Francês na escola.

A advogada Michele de Andrade Gomes conta que estuda Espanhol na instituição desde 2016. Para ela, a decisão do governo vai trazer prejuízos para toda a comunidade. “O CEL ajuda a fazer a inclusão social porque além de línguas estrangeiras tem curso de Libras, que proporciona a comunicação com mais pessoas. Também auxilia o ingresso à universidade”.


Manifestantes aproveitaram horário de pico na região - Foto: André de Abreu

Fechamento

Segundo a secretária Maria Cecília, o corte de gastos com o fechamento do CEL representa economia de R$ 1,2 milhão, em decisão que demonstra a prioridade do Governo do Estado: ‘focar na educação básica, não no que excede’.  “Não queríamos fechar, mas oferecer a aula de idiomas que são terceira, segunda, quarta língua, como Alemão, Italiano, transcende a nossa obrigação. Infelizmente, não há alternativa no momento”, declarou.

SED alega que evasão é grande; professores contestam informação - Foto: André de Abreu

Ainda conforme a secretária, o número de evasão é muito alto nessas unidades, o que representaria um desperdício de verba pública. Apesar disso, as informações de funcionários sobre a quantidade de alunos não batem com as planilhas da SED. Segundo a pasta, o sistema aponta matrícula de 825 alunos, mas os professores mostram que são, ao menos até o dia 23 de agosto, quando serão encerradas as atividades, 1.423 alunos, divididos em 68 turmas.

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