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Cidades

17/01/2017 09:15

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Fim das favelas? Famílias invadem área abandonada por construtora em Campo Grande

Local já está tomado por barracos de lona

Aproximadamente 500 famílias da Capital invadiram a área abandonada pela empresa mexicana Homex, no bairro Paulo Coelho Machado. O local, que estava tomado por mato, agora está ocupado por barracos de lona. 

De acordo com o autônomo Carlos Macedo, 40 anos, ele e a família estão no local há cerca de 10 dias e já tem o aval da prefeitura para construir a casa no terreno. "Os fiscais vieram aqui e informaram que a área não é da prefeitura, mas sim da Homex. Como eles abandonaram o espaço há mais de cinco anos, resolvemos invadir", explicou.

Conforme Carlos, os moradores não fazem parte de nenhum movimento e também não possuem nenhum líder. "Somos apenas trabalhadores que ainda moramos de aluguel e queremos a casa própria", ressaltou.

Assim como Carlos, a auxiliar de serviços gerais Vilma Greidi, 34 anos, também está com a família no local há uma semana em busca do sonho da casa própria. 

"Viemos pra cá quando a notícia da invasão se espalhou. Estou há mais de 10 anos esperando por uma casa da prefeitura, mas nunca sai. Todo ano renovo a inscrição, mas até agora nada. Por isso resolvi invadir uma área. Não sei se a prefeitura vai tirar a gente daqui, se vão dar casas ou não. Não temos certeza de nada", disse.

Segundo a prefeitura, a invasão de terrenos, seja público ou particular, é ilegal e configura crime. Os ocupantes serão notificados para deixarem a área e, caso se neguem a sair, serão adotadas medidas judiciais cabíveis de reintegração de posse. Ainda conforme informações da administração municipal, invasores ficam impossibilitados de participarem do cadastro de programas sociais de habitação.

 

Homex

A empresa mexicana Homex começou a construir casas em Campo Grande no ano de 2012. Das três mil construções, a empresa vendeu 700, mas deixou de entregar 272.

Após abandonar as obras com dívidas milionárias, a empresa foi alvo de CPI pela Câmara Municipal de Campo Grande no ano de 2013. Na época, os parlamentares chegaram a pedir o bloqueio de bens da construtora para tentar cobrir as dívidas.

 

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