A partir da próxima terça-feira (24), as sete unidades da JBS instaladas em Mato Grosso do Sul, voltarão a funcionar normalmente. Elas foram paralisadas após a Justiça bloquear R$ 730 milhões da empresa, a pedido de CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Assembleia Legislativa.

Um acordo entre o grupo, governo do Estado e deputados foi feito na tarde desta sexta-feira (20), na governadoria. Participaram da reunião de emergência o governador Reinaldo Azambuja (PSDB), membros da diretoria da JBS, além de representante estadual dos trabalhadores na indústria de alimentação e deputados.

Com o acordo entre as partes, não haverá mais a paralisação das unidades da empresa no Estado,  que alegou insegurança jurídica após o bloqueio milionário. Em contrapartida, o Executivo garantiu tentar desbloquear os valores.

Isso evitará que cerca de 15 mil trabalhadores sejam demitidos e prejuízo a mais de 60 mil colaboradores indiretos. O abate de seis mil animais por dia também será mantido.

Segundo o governador, será encaminhada à Justiça uma minuta para homologar o acordo entre as partes. ''Tudo vai ser garantido e todos os prejuízos serão ressarcidos no seu devido tempo'', garantiu Azambuja.

Ainda conforme o governador, o bloqueio de um ou mais bens da JBS ainda será necessário para garantir dinheiro o suficiente para a quitação dos débitos. Ele também ressaltou que todos os investimentos do grupo em Mato Grosso do Sul serão mantidos.

O presidente da Divisão de Carnes da JBS, Renato Costa, informou que a suspensão dos trabalhos por alguns dias não causará tantos prejuízos ou falta de garantia de pagamentos aos produtores rurais e funcionários da empresa.