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Cidades

Mantido veto contrário ao Terceiro Turno em unidades de saúde da Capital

Proposta quis convencer prefeito a ‘esticar’ atendimento nas unidades até às 22 horas

19 junho 2018 - 12h07Por Celso Bejarano e Rodson Williams
Mantido veto contrário ao Terceiro Turno em unidades de saúde da Capital

Com folgada votação – de 18 favoráveis e oito contra – a Câmara dos Vereadores de Campo Grande manteve o veto do prefeito Marquinhos Trad, do PSD, que afastou o propósito do chamado Terceiro Turno, projeto criado com a intenção de estender até 22h o atendimento nas UBS (Unidades Básicas de Saúde) e também nas UBFS (Unidades Básicas de Saúde da Família). 

Ou seja, essas unidades continuam funcionando somente durante o dia, até às 17h. Um das autoras da ideia, enfermeira Cida Amaral (Pode), discordou do veto e avisou que ano que vem vai insistir e tentar convencer os vereadores e o prefeito.

A Câmara havia aprovado o Terceiro Turno, projeto da enfermeira Cida e do vereador André Salineiro, do PSDB. Mês passado, contudo, o prefeito barrou a proposta com a justificativa de que o legislativo teria invadido a competência do executivo.

De volta para a Câmara, o veto foi mantido sem resistência. A ideia era esticar o atendimento nas UBS e UBFS, que só atendem por agendamento, para melhor atender a população, castigada pelas superlotações nos postos de saúde da cidade, argumento da vereadora.

O vereador Chiquinho Telles, do PSD, líder do prefeito na Câmara, disse que concordou com o veto pelo fato de o projeto exigir aplicação financeira.

Salineiro, que assinou o projeto com a enfermeira, pensa diferente. Para ele, por o Terceiro Turno em prática só exigiria o remanejamento de servidores.

Já o vereador Carlão, do PSD, da mesa diretora da Câmara, favorável ao veto, disse que “a prefeitura não tem dinheiro e não poderia aumentar as despesas. Tem que trabalhar com o que já tem”.

A enfermeira Cida, que deve retomar o assunto ano que vem afirmou ter ficado preocupada com o veto. “Estamos tratando de uma questão de saúde e creio que a aprovação do projeto foi vetada não por um problema financeiro e, sim, problema de gestão”.

Atendimento 24h em unidades municipais de saúde só casos de urgência nas UPAs (Unidades de Pronto-Atendimentos) e nos Centros Regionais de Saúde.