Adriana Aparecida foi levar o filho de dois anos na UPA do Coronel Antonino e lá recebeu a informação de que os médicos pediatras estariam de greve já na próxima segunda-feira (26). A notícia deixou a mãe assustada e outras preocupadas. 

“No posto o médico que atendeu alertou para a greve, e fiquei preocupada. Já enfrentamos a falta de medicamentos, não tem nem antibiótico, agora a falta de médico”, lamentou a mãe. 

Apesar disso, a situação foi confirmada pela Prefeitura Municipal. Segundo a assessoria, diante do anúncio da categoria para a greve, que será de no mínimo dez dias, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) já iniciará a escala de reordenamento, já que pelo menos 30% da categoria continuará trabalhando. 

“Os médicos já anunciaram que irão parar na próxima segunda-feira, dia 26, por pelo menos 10 dias. A greve vai atingir 70% do atendimento ambulatorial (leia-se atenção básica) e 30% dos serviços de urgência e emergência (UPA e CRSs). Essa é uma decisão da categoria e vai trazer impactos em todos os atendimentos médicos, entre eles o da pediatria”, informou a assessoria por meio de nota. 

De acordo com a assessoria, como forma de tentar minimizar os efeitos desta paralisação, a Sesau já trabalha com o reordenamento das escalas, principalmente na rede de urgência, para evitar que a população fique desassistida. 

Em relação a falta de medicamentos, a Sesau garantiu que as faltas são “pontuais”. “Quanto aos medicamentos, nós estamos enfrentando algumas faltas pontuais que devem ser sanadas nos próximos meses através da compra que está em processo de conclusão”, garantiram.