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Cidades

29/04/2017 09:30

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Mesmo com decisão judicial, Estado não fornece leite para criança especial

Lata custa R$ 100 e há dois meses mãe tenta pegar suplemento para menino de três anos

Apesar da justiça ter concedido ao pequeno João Gabriel Neto o direito de receber o leite especial que precisa para se alimentar, até agora, Marciana Neto,  mãe dele,  enfrenta além da burocracia a “desculpa” que o leite está em falta e informações confusas sobre como pode pegar as latas de leite.  

A sentença foi dada pela Justiça Federal e é obrigação a ser compartilhada entre a Prefeitura Municipal de Campo Grande, o Estado de Mato Grosso do Sul e a União. Segundo a mãe, quando chega na Casa de Saúde ela é informada que o leite está em falta.  “Então, questionei se poderia ir até o CEM buscar, porque sei que a Prefeitura também tem que distribuir, mas fui informada que não, que também está em falta e nesse jogo de empurra, meu filho fica sem leite e nós fazemos ação entre os parentes, minha mãe ajuda comprando leite, mas também falta o remédio dele”, lamenta.

A lata de 800gr custa R$ 98 mas só dura três dias e é essencial para o menino – que já foi tema de matéria aqui no TOPMídia quando a mãe passou dias peregrinando atrás de medicamento controlado que ele toma.

João Gabriel nasceu pré-maturo e hoje aos três anos, tem o diagnóstico de paralisia cerebral, autismo e deficiência auditiva profunda. “Com isso são medicamentos especiais, e o leite também, além de todo cuidado que preciso ter com ele diuturnamente então entrei na Justiça por meio da Defensoria Pública para que me fornecessem o leite e mesmo ele ganhando esse direito, até agora não consegui pegar uma única lata. Era pra eles ter me passado o suplemento dentro de 15 dias mas já vai fazer dois meses já e nada”.

Prefeitura aponta “ação compartilhada” e responsabilidade do Governo não é comentada

A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa da Prefeitura Municipal e também do Governo do Estado. Segundo a nota retorno da assessoria da Prefeitura, que por se tratar de uma ação compartilhada entre Estado e Município, ficou definido na própria determinação, que de abril até outubro deste ano quem fará o fornecimento deste suplemento ao paciente será o Estado.

No entanto, a partir de outubro até março de 2017, fica a cargo do Município disponibilizá-lo, porém, ainda há falta do suplemento nos estoques municipais. “No momento, este suplemento está em falta no município, mas já foi expedida a ordem de compra. Entretanto, existem outros pacientes que necessitam do mesmo, não podendo o município antecipar a entrega para o João Gabriel. No caso do município, o paciente ou responsáveis será comunicado com antecedência sobre a possibilidade da retirada do produto que vai ser agendada e será feita no CEM”.

O Governo do Estado não respondeu ao e-mail enviado pela redação.

 

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